ANÁLISE F1: Por que Pérez foi ultrapassado por Leclerc na última volta em Vegas
A velocidade máxima da Red Bull do mexicano foi 10km/h mais lenta
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
A Red Bull diversificou as opções aerodinâmicas nos dois RB19 antes da classificação para o GP de Las Vegas de Fórmula 1: Max Verstappen optou por uma configuração mais descarregada do que nos treinos livres para melhorar a velocidade máxima, enquanto Sergio Perez optou por uma solução mais conservadora para conseguir fazer boas curvas.
O holandês decidiu correr alguns riscos para combater a velocidade máxima da Ferrari de Charles Leclerc, enquanto o mexicano provavelmente perdeu o segundo lugar ao optar por uma configuração um pouco menos extrema.
Foto de: Giorgio Piola
As asas da Ferrari para Las Vegas: na corrida, foi usada a de Monza, acima, deixando de lado a de Spa, abaixo
Verstappen e Pérez começaram o fim de semana em Nevada com escolhas diferentes das da Ferrari: em Maranello, eles optaram pelas asas de Spa-Francorchamps, apenas para mudar no sábado de manhã para a configuração mais descarregada de Monza, com o perfil principal plano, tentando equilibrar a SF-23 com a asa de feixe equipada com o elemento duplo, depois de testar se uma seria suficiente.
A Red Bull, por outro lado, manteve a colher no perfil principal para ambos os pilotos, diversificando as soluções de flap móvel. Checo manteve a que tinha mais corda com a mesma incidência, enquanto o holandês deliberou sobre a "aparada", ou seja, cortada no bordo de fuga. Para garantir o downforce necessário em curvas lentas, os engenheiros de Pierre Waché decidiram montar um nolder que só funciona em baixas velocidades e, em vez disso, é contornado pelo fluxo à medida que a velocidade aumenta.
Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images
Verstappen ouve Perez e Leclerc na batalha da última volta
Charles Leclerc, de acordo com os dados oficiais divulgados pela FIA, ultrapassou a barreira dos 350 km/h durante a corrida, chegando a 350,5 km/h, aproveitando o DRS aberto e o fluxo da Red Bull de Pérez, enquanto o mexicano não conseguiu ir além dos 340,8 km/h. Esses quase 10 km/h fizeram uma grande diferença na última volta, quando o Ferrarista fez o ataque decisivo na última volta, surpreendendo Checo, que talvez tenha deixado a porta aberta demais para a SF-23 do monegasco.
Nas suas redes sociais, Pérez comentou a escolha aerodinâmica justificando a perda do segundo lugar para Leclerc.
"Que ótimo retorno! Estávamos perto de vencer, mas tínhamos muita pressão aerodinâmica, o que reduziu a nossa velocidade máxima. Excelente trabalho de Max e Charles. Estou muito feliz por ter garantido o segundo lugar depois de uma temporada tão difícil."
"Este é um resultado histórico para a equipe, o primeiro 1-2 de sua história [no campeonato]. Merecido por todo o trabalho duro de todos na pista e em Milton Keynes. Aos fãs e minha família, obrigado por todo o apoio. #Nunca desista"
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