Barrichello e Galisteu revelam bastidores do encontro "surpresa" entre Senna e "cheirosa" Tina Turner
"Ele realmente gostava da Tina, era fã. E eu tinha ele como ídolo. Ali foi o contrário: o ídolo era a Tina!", relatou o manager de pilotos Geraldo Rodrigues
Nesta quarta-feira, o mundo do entretenimento lamentou a morte de Tina Turner, cantora internacionalmente conhecida como "Rainha do Rock". Além do estrelato nos palcos, ela ficou muito famosa no Brasil por uma passagem com Ayrton Senna: foi no ano de 1993, em Adelaide, palco do GP da Austrália, quando a artista chamou o tricampeão de Fórmula 1 para dedicar a ele uma especial interpretação da música 'The Best' (o melhor, em inglês), levando fãs à loucura. Assista:
Namorada do brasileiro na época, Adriane Galisteu falou da admiração do piloto pela cantora: "Eu aprendi a ouvir e admirar a Tina porque o Ayrton amava. O poder e a força dela são inexplicáveis. Neste dia, na Austrália, eu tive a chance de abraçar a mulher mais cheirosa que já conheci (lembro que eu e o Ayrton ficamos falando horas sobre ela depois do show). Que sorte a minha de estar ao lado dele com ela!", relatou a apresentadora, destacando o perfume da "Rainha do Rock".
O encontro de Senna e Turner é muito conhecido no Brasil, com 'The Best' sendo frequentemente associada ao tricampeão mundial. O que poucos sabem, porém, é que o episódio em Adelaide foi logo depois da última vitória do tricampeão na F1. Uma das companhias de Ayrton naquele fim de semana, o manager de pilotos Geraldo Rodrigues, ativo no automobilismo até hoje, falou com exclusividade ao Motorsport.com sobre a alegria do paulistano e o impacto positivo de Galisteu.
"Ele muito feliz e gostava muito dela (Galisteu). Ela fazia muito bem pra ele. Fora dos horários de corrida, mesmo com a gente, ele sempre era meio quietão, meio 'fechadão'. Com ela, não: com ela o Ayrton era brincalhão, porque ela era muito 'moleca'... Ele estava muito feliz. E ele realmente gostava da Tina, era fã. Então, para ele, foi como se fosse pra gente quando chegava perto dele. Você nunca ia imaginar... Eu, mesmo o conhecendo, tinha ele como ídolo. Ali, foi o contrário: o ídolo era a Tina!".
Quem também falou sobre a passagem foi Rubens Barrichello, que cedeu o seu depoimento ao Motorsport.com: "Nesse dia em que a Tina cantou para o Senna, estávamos juntos indo pro show. Você basicamente precisava do seu passe de F1 e era dentro da pista. Fenomenal. Era meu primeiro ano de F1 e eu já estava vivendo um momento único. Foi um dos momentos em que eu estive com o Ayrton: eu, ele e o Christian [Fittipaldi] num jantar, e fomos chamado para o show". Assista:
"O show dentro da pista. A gente chega juntos, o Senna ficou num canto e eu fiquei do outro. Quando eu vi a Tina chamando [o Ayrton], foi uma alegria muito grande. O 'chefe' (apelido com que Rubinho chamava Ayrton) com certeza era simply the best (simplesmente o melhor, conforme a música). Foi um dos melhores show de que já participei. Sinto muito por vê-la ir, mas essa memória ficará guardada na minha memória para sempre", completou o bicampeão da Stock Car Pro Series.
Geraldo Rodrigues, que trabalhava com Barrichello, deu mais detalhes. "Eu estava [no show], sim! Estava no palco ali do lado. Estávamos eu, Rubinho, Adriane Galisteu e o Ayrton. Ficamos no palco, eu tenho até hoje as credenciais Free Pass. Fomos no camarim depois. E anos depois eu encontrei a Tina Turner em Mônaco, porque ela morou um período lá. Foi um dia especial esse daí, não dá pra esquecer nunca mais".
"Adelaide era uma corrida bem legal, bem descontraída e com várias passagens legais. Tinha muitas coisas legais acontecendo lá, era uma corrida muito boa. E como era mais longe, a Adriane foi. Aí um cara da equipe de produção da Tina gostava de F1, veio nos boxes e um jornalista nos apresentou. A gente conversou, fiquei sabendo que tinha o show à noite e pensei: 'Meu, demais! Será que dá para ir?'. Eu comentei com a Adriane e aí ela falou: 'Lógico, o Ayrton adora, vamos dar um jeito de ir!'."
"O show era depois da corrida, o cara veio, pegou a gente e levou... A gente achou que ia assistir o show, mas não pensou que ia ficar no palco. Cada um tinha dois passes, tinha o pass de backstage e tinha um que era triplo A (All Areas Access, acesso a todas as áreas, com a capa do álbum da Tina em preto e branco), e aí a gente pôde subir no palco. Ele (produtor da Tina Turner) avisou ela [da presença de Senna] e ela fez essa homenagem. Foi muito legal, muito legal...", seguiu Geraldo.
"Surpresa total! A gente achou que ia ficar ali no cantinho assistindo o show 'de boa', né? Aí de repente ela pára e fala: 'Olha quem tá aqui!'. Aí ela fala umas palavras em português e chama ele. E é engraçado que ela fala para a galera: 'Vocês sabem quem é ele?'. Como fosse um corredor de kart qualquer, né? Foi muito legal, mais da metade da galera era a galera que estava na corrida, né? Todo mundo sabia quem era ele", completou Rodrigues em entrevista exclusiva ao Motorsport.com.
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