A equipe Williams terá muitas cabeças saíndo fumaça no complemento desta sexta-feira. O time inglês, mesmo com atualizações em seu carro, não conseguiu fazê-las funcionar nos carros de Rubens Barrichello e Pastor Maldonado.
O brasileiro foi o 13°, a 2s661 de Lewis Hamilton, o mais veloz, enquanto o venezuelano marcou o 15º tempo, ficando mais de três segundos atrás do melhor tempo e reclamando do comportamento do carro, dizendo que não acredita em competitividade no fim de semana.
"Penso que não, penso que não... Creio que teremos muitos problemas, mais aqui até do que em Nürburgring. Não esperávamos. Hoje, provei um sistema de resfriamento, enquanto Rubens provou as duas asas", lamenta Maldonado ao TotalRace.
"Não sei os comentários dele, mas o meu carro tem problemas de grip [aderência] geral. Não tem grip na frente e nem atrás. Estamos perdendo muito a freada. Vamos trabalhar para podermos ser um pouco mais competitivos na classificação, senão ficaremos muito atrás", resume.
Já Barrichello discorda um pouquinho do companheiro, afirmando que ainda há chances de marcar pontos em Hungaroring: "Ainda penso que aqui temos uma grande chance, pois os pneus supermacios estão durando muito pouco. Qualquer diferença em estratégia faz diferença. E não podemos chamar isso de sorte, pois faz parte do trabalho. Vai que dá um buraco na frente e você marca um ponto. Sigo achando que é possível."
Para o veterano brasileiro, o consumo elevado dos pneus fará com que a estratégia volte a fazer diferença nas corridas: "O pneu deve durar de seis a oito voltas. A pista deve melhorar, emborrachar. Talvez os melhores times andem um teco a mais. Não vejo tanta melhora. Três paradas é o mínimo; quatro é regular e, se bobear, terá gente pensando em cinco."
Por fim, Barrichello relatou um probleminha no Kers e espera que algo de bom consiga ser extraído do carro após os treinos livres. "Eu não tive o Kers pela manhã, após um pequeno problema. Depois, cada um testou duas coisas diferentes e agora é juntar os fatos. Creio estar mais contente que ele no carro. Vamos ver se tem algo que soma ou se não temos cartas."
(Colaborou Felipe Motta, de Hungaroring)