Para Rubens Barrichello, a Williams está se mexendo para retornar à frente do pelotão da Fórmula 1 e um grande passo para isso foi dado no acordo com a Renault.
Segundo o piloto com mais corridas do grid, a parceria não se resume à potência do motor francês, mas também a uma série de fatores que só contribuirão para a evolução do time no próximo ano, como o Kers, o peso do propulsor e outros detalhes.
"A Williams precisava fazer algo se quisesse continuar melhorando e estão fazendo. As pessoas contratadas já estão fazendo um ótimo papel e essa nova vinda da Renault certamente vai mudar o jogo. Não é só o motor que ganha corrida, mas vai mudar para melhor", comenta.
"Tem todo o fator Kers, que vem com baterias diferentes; tem o armazenamento da potência. Na Renault você tem isso melhor, consegue despejar o Kers melhor. A dirigibilidade do pedal do acelerador é melhor. A potência é nivelada, mas tem um monte de coisas, como um motor mais leve, que rende uma distribuição de peso melhor", analisa.
Barrichello, inclusive, aguarda ansiosamente a chance de ser um dos "premiados" para usar este motor, uma vez que a Williams demonstra desejo em sua permanência para 2012, mas nada foi definido. "É um namoro que pode dar casamento, mas ainda está no namoro. Ainda não foi feito o pedido oficial para o meu pai."
Por fim, o brasileiro comentou a entrada de Mike Coughlan (pivô do escândalo de espionagem envolvendo McLaren e Ferrari no ano de 2007). "O Coughlan é uma pessoa serena e compenetrada. Já vejo sair fumacinha da cabeça dele, pois é um trabalho imenso."
"Ele tomou nota de tudo o que eu disse e esta semana já está muito mais ocupada que na outra. Ele até mudou seu escritório para o meio da fábrica para participar mais, trabalhar no meio das pessoas, ter um convívio. E isso é legal, um passo à frente", completou.
(Colaborou Felipe Motta, de Silverstone)