Brawn defende estratégia de pneus da Ferrari na classificação em Baku

Diretor esportivo da Fórmula 1, britânico pondera que Charles Leclerc teria boas chances de vencer se o plano tivesse funcionado

Crashed car of Charles Leclerc, Ferrari SF90 is retuned to Ferrari mechanics on the back of a low loader

Crashed car of Charles Leclerc, Ferrari SF90 is retuned to Ferrari mechanics on the back of a low loader

Mark Sutton / Motorsport Images

Diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn defendeu a decisão da Ferrari de usar pneus médios no Q2 do treino classificatório para o GP do Azerbaijão, apesar de a opção ter contribuído para o acidente de Charles Leclerc na sessão. “Se ele tivesse conseguido chegar no Q3 - e havia uma chance disso - e depois correr um longo primeiro stint na prova, como ele de fato fez, teria uma boa chance de terminar na frente”, explicou o dirigente.

A Ferrari parecia ser a mais rápida em Baku até a classificação e a equipe italiana estava tranquila para passar do Q2 com pneus médios, por isso teve uma vantagem estratégica na corrida.

Leia também:

A escolha, porém, contribuiu para a queda da Ferrari, já que Leclerc cometeu um erro ao não conseguir se adaptar às características de frenagem do composto, o que fez com que ele travasse os pneus e acertasse o muro da curva 8.

Com Leclerc fora do Q3, Sebastian Vettel, que teve um rendimento inferior nos treinos livres, ficou sozinho na última parte e sem a possibilidade de pegar vácuo em tentativas de volta rápida. Isso contribuiu para que a Mercedes garantisse a primeira fila, com Valtteri Bottas à frente de Lewis Hamilton.

Embora muitos tenham sugerido que a Ferrari estava errada ao alterar os compostos de pneus no Q2, Brawn acredita que a equipe fez a coisa certa, porque se tivesse dado certo, teria ajudado a equipe a vencer. "A decisão de tentar se classificar no Q2 com pneus médios foi a correta na minha opinião, porque nos macios, a Mercedes mostrou que tinha um ritmo de corrida melhor", disse.

“Infelizmente, apesar de uma forte recuperação no grid, ele terminou em quinto, pela terceira vez neste ano. E eu duvido que ganhar um ponto extra pela volta mais rápida da corrida tenha sido um consolo. No entanto, mesmo depois desta corrida, ele carrega todas as características de um piloto no caminho certo, destinado a grandes coisas”.

O novo fracasso da Ferrari, aliado à ótima fase da Mercedes, que fez sua quarta dobradinha, deixou a equipe italiana ciente de que precisa mudar rapidamente as coisas se quiser permanecer na disputa pelo campeonato. Apesar da situação parecer difícil, Brawn acredita que nem tudo está perdido para o time de Maranello.

“À medida que a primeira série de corridas que compõem este longo campeonato chega ao fim em Baku, pode-se perguntar se ainda podemos esperar ver pelo menos duas equipes lutando pelos títulos”, disse Brawn. "No momento, uma resposta negativa parece lógica, já que a Mercedes ganhou quatro corridas consecutivas, mas acho que ainda há tempo para a Ferrari revidar, já que mostrou em duas das quatro corridas que pode vencer”.

"E o duelo entre os dois pilotos da Mercedes está definitivamente aberto, com Bottas e Hamilton separados apenas pelo ponto marcado por Bottas na volta mais rápida da Austrália".

Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, leads Charles Leclerc, Ferrari SF90, and Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, leads Charles Leclerc, Ferrari SF90, and Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

Photo by: Andy Hone / LAT Images

Be part of Motorsport community

Join the conversation
Artigo anterior F1 abre concorrência para padronizar sistemas de freios e rodas para 2021
Próximo artigo Monza se aproxima de novo contrato de cinco anos com a Fórmula 1

Top Comments

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Sign up for free

  • Get quick access to your favorite articles

  • Manage alerts on breaking news and favorite drivers

  • Make your voice heard with article commenting.

Motorsport prime

Discover premium content
Assinar

Edição

Brasil