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Com presença de Bolsonaros, Rio triplica oferta de São Paulo por F1 e mostra projeto a Hamilton

Filhos do Presidente da República teriam acompanhado CEO da empresa que venceu licitação para construir autódromo

Projeto do Autódromo  do Rio de Janeiro

Representantes da Rio Motorpark, empresa vencedora da licitação para a construção de um autódromo no Rio de Janeiro, encontraram-se com executivos da Liberty Media em Abu Dhabi e fizeram uma oferta de aproximadamente R$ 252 milhões (US$ 60 milhões) para levar a Fórmula 1 para a cidade maravilhosa, valor três vezes superior ao valor oferecido por São Paulo para consinuar sediando o GP de Interlagos, de acordo com informações apuradas pelo Globoesporte.com.

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A publicação afirma ainda que além de JR Pereira, CEO da empresa, participou das reuniões acompanhado do senador Flávio Bolsonaro (sem partido) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Um dos resultados da reunião, teria sido uma extensão na exclusividade das negociações com a Liberty Media até março de 2020, ano em que se encerra o contrato de Interlagos com a F1.

Além disso, representantes da empresa teriam se encontrado com o hexacampeão mundial, Lewis Hamilton, para discutir as questões ambientais, já que o britânico defendeu a permanência da prova em São Paulo e criticou a possível devastação de mata nativa para a construção do autódromo em Deodoro. O grupo afirmou ao piloto da Mercedes que todo o impacto será compensado, já que as leis brasileiras obrigam o plantio de seis árvores para cada uma que for derrubada.

A questão ambiental também teria sido discutida com a Liberty Media e o CEO da empresa, Chasei Carey teria sido informado de que o estudo de impacto ambiental já teria sido finalizado. A justiça do Rio havia bloqueado o início das obras pela falta deste documento, mas também de acordo com o Globoesporte.com, a empresa já teria entregado o estudo aos órgãos competentes. 

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Confira um raio-x sobre as duas sedes históricas da F1 no Brasil.

Até hoje foram disputados 47 GPs do Brasil de Fórmula 1, de maneira ininterrupta. A edição inaugural, em 1972, vencida pelo argentino Carlos Reutemann, não valeu pontos para o campeonato daquele ano. Na foto, Luiz Pereira Bueno, sexto colocado.
Um dos responsáveis pela vinda da categoria ao Brasil foi Antonio Carlos Scavone, ex-piloto da F3, e que também comentava provas na Rede Globo. Sua morte, em 1973, veio após a queda de um avião para a transmissão do GP da Grã-Bretanha daquele ano, junto com Julio de Lamare, primeiro diretor de esportes da emissora.
A primeira edição valendo pontos foi em 1973, com triunfo de Emerson Fittipaldi.
Fittipaldi repetiu o feito em 1974 e na edição seguinte aconteceu o único triunfo de José Carlos Pace, que hoje dá nome ao Autódromo de Interlagos.
O autódromo de Jacarepaguá foi inaugurado em 1966 com o nome de Nova Caledônia. Ele foi reformado e reinaugurado em 1977, recebendo a F1 em 1978, com nova vitória de Reutemann...
...e primeiro pódio da equipe Copersucar.
Interlagos voltaria a receber a F1 nas duas edições seguintes, em 1979 e 1980, com triunfos franceses, de Jacques Laffite e René Arnoux, respectivamente.
Por falar na França, Alain Prost é o maior vencedor do GP do Brasil, com seis vitórias: cinco em Jacarepaguá e um em Interlagos, na volta do GP a São Paulo.
Jacarepaguá recebeu o GP regulamente de 1981 a 1989, sendo até palco de treinos de pré-temporada da F1 em algumas ocasiões.
O circuito testemunhou a estreia de Ayrton Senna na Fórmula na edição de 1984.
Em 1986 uma corrida histórica, com a dobradinha brasileira, com vitória de Nelson Piquet e segunda colocação de Senna.
Após a edição de 1989, o Rio de Janeiro demonstrou interesse em deixar de receber a corrida, o que motivou a volta de Interlagos para o calendário da F1.
Piero Gancia, então presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) foi atrás do apoio da Prefeitura de São Paulo e conseguiu o “sim” de Luiza Erundina, então prefeita de São Paulo,  para bancar uma reforma de modernização do circuito paulistano. Senna dava ajuda política dentro da FIA para a volta .
Mas o antigo traçado de 7.960 metros foi deixado de lado para um novo de 4.325, o que deixa muitos fãs aborrecidos até os dias de hoje.
Desde então, a F1 acontece em Interlagos, com alguns momentos marcantes, como a primeira vitória de Senna no Brasil, em 1991.
A partir de 2004, o GP do Brasil começou a ser realizado na parte final do calendário da F1, o que possibilitou a decisão de alguns títulos, como o bicampeonato de Fernando Alonso (2005 e 2006).
Felipe Massa venceu com macacão verde-amarelo, mesmo fazendo parte da Ferrari em 2006.
Em 2008, um dos momentos mais emblemáticos, com a inesquecível disputa entre Massa e Hamilton.
A edição de 2020 será a última do atual contrato envolvendo São Paulo e F1. Uma pista ainda a ser construída em Deodoro aparece como opção, sendo a preferida do presidente Jair Bolsonaro, e os representantes locais.
Do outro lado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas e o governador, João Doria, apostam na manutenção de Interlagos como sede do GP do Brasil.
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