Debate sobre teto orçamentário domina reunião entre chefes da F1 e equipes
Os chefes da F1 fizeram mais uma reunião sobre como atacar a crise da Covid-19, com o teto orçamentário de 2021 como ponto principal
Os chefes das equipes da Fórmula 1 se juntaram ao presidente da FIA Jean Todt, o CEO da F1 Chase Carey e o diretor de automobilismo da categoria Ross Brawn para uma teleconferência na segunda (06), que durou a tarde inteira. Fontes dizem que foi uma reunião positiva e produtiva, mas que foram tomadas poucas decisões, apesar de Todt insistir que o novo pacote técnico não será adiado por mais um ano, para 2023.
O teto orçamentário ocupou a maior parte da discussão. As equipes já haviam informalmente concordado que o teto deveria ser reduzido, de 175 milhões de dólares (cerca de 900 milhões de reais), para 150 milhões (cerca de 780 milhões).
Porém, com o agravamento da crise nas últimas semanas - e a possibilidade real da temporada de 2020 ser perdida - várias equipes, principalmente a McLaren, estão defendendo uma redução ainda maior no teto. As três maiores equipes impactadas pelo valor original - Mercedes, Ferrari e Red Bull - ainda tem algumas ressalvas.
Um assunto chave que surgiu na discussão tem a ver com os custos das equipes em Pesquisa e Desenvolvimento, sobre fornecerem componentes a clientes como caixas de câmbio e suspensão, e isso agora será analisando mais a fundo antes da próxima reunião.
O debate girou em torno das equipes maiores, com um subsídio extra, que é efetivamente transferido da equipe cliente para levar em conta o trabalho que foi gasto na criação dessas partes compradas. Por exemplo, se o limite do teto for 100, a equipe do fornecedor teria um teto de 100 + X, enquanto a cliente teria 100 - X.
O argumento é que não seria justo se as equipes parceiras não tiverem que alocar custos de desenvolvimento de componentes relevantes, podendo assim gastar em outras áreas. Esse problema entrou em foco a partir da redução do teto, e, com isso, cada milhão de dólares de redução se torna proporcionalmente mais importante.
O regulamento financeiro de 2021 também diz que "todos os gastos referentes à Pesquisa e Desenvolvimento devem ser incluídos nos gastos relevantes no relatório do período decorrido".
Em outras palavras, qualquer trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento conduzido para o carro de 2022 durante o calendário de 2021 devem fazer parte dos números de 2021. Esse regulamento se tornou ainda mais importante agora, porque quando as novas regras foram aprovadas para 2021, o trabalho de P&D deveria ser conduzido em 2020, sem restrições financeiras.
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