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Dívidas e administração judicial: entenda o caso Force India

Equipe entrou em processo de administração judicial, o que não deve impedir suas operações na pista. Saiba dos detalhes

Force India sign on truck
Sergio Perez, Force India VJM11
Esteban Ocon, Force India VJM11
Sergio Perez, Force India
Esteban Ocon, Force India VJM11, leads Marcus Ericsson, Sauber C37
Sergio Perez, Force India VJM11
Sergio Perez, Force India VJM11
Esteban Ocon, Force India VJM11
Dr. Vijay Mallya, Force India Formula One Team Owner
Sergio Perez, Force India VJM11
Sergio Perez, Force India VJM11
Esteban Ocon, Force India VJM11

A crise financeira da Force India já era de conhecimento público, e a história ganhou mais um capítulo na noite da sexta-feira, quando o time entrou em processo de administração judicial após audiência realizada na corte de Londres, na Inglaterra.

Este processo faz com que a equipe passe a ser gerenciada por uma parte apontada pela justiça – no caso, serão Geoff Rowley e James Baker, da FRP Advisory LLP, que já possui experiência na F1 por ter atuado nos processos de Marussia (2015) e Manor (2017).

Além disso, o processo de administração judicial possibilita que a equipe continue normalmente com suas operações, incluindo a participação sem contratempos nas atividades do GP da Hungria, neste fim de semana.

Assim, o time não terá suas operações interrompidas e terá um tempo adicional para encontrar um investidor ou comprador – e o processo não estará mais no controle de Vijay Mallya, fundador do time.

O momento disso tudo acaba por ser oportuno, já que, depois da corrida em Hungaroring, a F1 entrará de férias coletivas por quatro semanas, e a FRP Advisory já adiantou que a procura pelo comprador está em andamento em caráter de urgência.

Envolvimento de Pérez, Mercedes e patrocinadoras

Toda a situação veio à tona após um processo movido pela empresa Brockstone Limited, que alega que a Force India lhe deve uma quantia de £ 3 milhões (R$ 14,5 milhões na cotação atual)

A Brockstone Limited está ligada a Sergio Pérez, piloto do time desde 2014, e Julian Jakobi, seu empresário.

O processo também recebeu o apoio de outras duas partes importantes: a Mercedes, fornecedora de motor do time, e a BWT, principal patrocinadora.

A Mercedes afirma que a Force India possui uma dívida de £ 9 milhões (R$ 43 milhões); a BWT, empresa responsável por tornar os carros do time cor de rosa em um grande patrocínio, afirma que o acordo foi feito na base de um empréstimo – visão da qual Mallya discorda.

Tentativa de última hora

Após a notícia de que a Force India entraria em administração judicial, a empresa Rich Energy veio à público para lamentar o processo movido por Pérez, Mercedes e BWT.

A empresa alega que tinha a intenção de fazer um investimento de £ 30 milhões em patrocínio, mas que isso foi ignorado, fazendo com que o processo continuasse em andamento.

O Motorsport.com entende que a oferta da Rich Energy, que já havia sido previamente rejeitada pela equipe como um possível comprador com credibilidade, foi vista como insuficiente para garantir o futuro em longo prazo do time.

De qualquer forma, o chefe de operações da Force India, Otmar Szafnauer, afirmou na sexta-feira que a situação terá desdobramentos em breve.

“Acho que é iminente. Sei que há discussões acontecendo nos bastidores, e não estou a par delas porque se trata de um problema dos acionistas. Não sou um acionista, caso contrário eu saberia mais. [Mas] Acontecerá muito em breve.”

A Force India enfrenta dificuldades financeiras há tempos, o que liga novamente o alerta para o formato da distribuição das verbas da F1 que está em vigor.

Por exemplo, o time terminou o Mundial de Construtores na quarta posição em 2017. Contudo, a quantia que ela receberá da FOM é menos da metade do que terá a Red Bull, a terceira colocada, e até consideravelmente menos do que recebe a McLaren, que foi a penúltima colocada na tabela.

Anteriormente na temporada, a Force India alegou que os problemas financeiros provocavam grande atraso na concepção e fabricação de novas peças para o carro.

Entende-se que a equipe já possui compradores ou investidores interessados, mas nada foi confirmado oficialmente.

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