Domenicali nega que chegada de Kimi seja "anti-Alonso"
Dirigente explica contratação do finlandês e espera que ter dois campeões só sirva para forçar mais o espanhol
O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, negou que a contratação de Kimi Raikkonen seja uma forma de intimidação a Fernando Alonso dentro da equipe. O italiano afirmou que a substituição de Felipe Massa, o qual o espanhol dominou tranquilamente nas últimas quatro temporadas, por outro campeão mundial só vai ajudar o bicampeão.
“Para quem pensa que a escolha de Kimi é de certa forma anti-Alonso, pode esquecer: na Ferrari, todos sabem que os interesses da equipe vêm em primeiro lugar e só depois aparecem os individuais. Fernando é uma peça chave para esta equipe e continuará sendo por muito tempo. Tenho certeza de que ele é inteligente para perceber que um companheiro mais forte só pode ser uma vantagem”, garantiu.
Domenicali aproveitou para destacar as qualidades de sua nova dupla de pilotos – e negar que ter dois campeões possa causar problemas internos, provocando os rivais.
“A combinação entre Fernando e Kimi é a melhor que poderíamos ter hoje na Fórmula 1, em termos de talento, experiência, espírito competitivo e a habilidade de ajudar no desenvolvimento do carro. Em relação à questão do ‘galinheiro’, lembro de torcedores de futebol que têm medo de times rivais porque eles têm atacantes muito fortes, então eles esperam que um tire a bola do outro.”
O dirigente afirmou ainda que a nova dupla não muda a forma da equipe atuar com seus pilotos. Mesmo que Felipe Massa tenha atuado como segundo piloto nas últimas temporadas, o italiano disse que isso só aconteceu devido às performances do brasileiro, abaixo das conquistadas pelo espanhol.
“Se a situação permitir que um piloto ajude o outro baseado nos pontos da tabela, é lógico e certo que isso deveria acontecer. Aconteceu no passado e acontecerá no futuro, como todos os pilotos que correram pela Ferrari demonstraram. Aconteceu com Fangio e Collins, assim como Raikkonen foi ajudado por Felipe, devolvendo o favor, e também com Felipe e Fernando.”
Domenicali também negou que a Ferrari tenha tido problemas de relacionamento com Raikkonen entre 2007 e 2009, quando o finlandês pilotava pela Scuderia. Kimi acabou sendo demitido ao final de sua terceira temporada no time, sob críticas de que não estava suficientemente motivado.
“Alguns clichês se negam a morrer! Trabalhamos com Kimi por três anos e nunca tivemos problemas. Claro que cada um tem um jeito e não podemos esperar piadas de um finlandês em italiano ou que ele se comporte como um palhaço. Acho que a combinação entre o caráter expressivo e latino de Fernando e o jeito frio de Kimi vão fazer muitos se identificarem.”
O dirigente destacou ainda a colaboração técnica que o finlandês de 33 anos traz. “Sabemos o quanto Kimi pode contribuir em um momento como esse, em que o lado técnico está mundando significativamente, como também tivemos a informação em primeira mão de James Allison sobre o progresso do finlandês nestes anos.” Ex-Lotus, Allison foi contratado neste ano pela Scuderia.
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