Últimas notícias

Em tempos de recordes de confiabilidade, Barrichello vê desafios

Brasileiro, que viveu os tempos em que completar a prova era desafio, acredita que evolução das indústrias aeronáutica e automobilística contribui para carros "inquebráveis"

Para Barrichello, Pirelli mudou a maneira de encarar as corridas

Disputando sua 19ª temporada na F-1, Rubens Barrichello já viu de tudo. Inclusive, viveu a evolução de uma época em que completar a prova sem quebrar pelo caminho já era um acontecimento, até os dias de recordes de confiabilidade de hoje. De acordo com o brasileiro, a realidade atual é um presente para os pilotos – e já vem, ao menos para os times grandes, de uns dez anos para cá.

“Você nunca tem 100% de certeza de que o carro vai aguentar terminar a prova. Mas a verdade é que, desde os meus tempos de Ferrari até hoje em dia, vivo essa realidade de que o carro é muito mais durável. Para o piloto, é algo até especial, porque permite que você acelere do começo ao fim da prova sem ter de cuidar de nada”, afirmou ao TotalRace.

Para Barrichello, a evolução de indústrias secundárias à F-1 ajuda em recordes como o do GP da Europa deste ano: foi a quarta vez na história da categoria em que todos os carros completaram a prova, mas, com o grid com 24 pilotos. Isso representou o recorde de número de carros que cruzaram a linha de chegada nos 61 anos da categoria. Isso, mesmo no calor de Valência.

“É resultado da evolução do material das peças, de tudo aquilo que a gente vive hoje, com os aviões na aerodinâmica, com os carros na parte mecânica. Acho que tudo isso faz parte dessa evolução da F-1 de modo que se consegue manter o carro vivo por muito mais tempo.”

Barrichello, porém, vê uma diferença na abordagem das corridas neste ano, devido ao alto desgaste dos pneus Pirelli.

“Neste ano, a gente está cuidando um pouco mais pelo efeito dos pneus, pois ele tem sido devastador no carro. Não que deixe o carro péssimo, mas você tem de saber lidar com eles para poder chegar ao número de voltas que quer dar.”

Essa realidade não valorizaria mais o trabalho dos pilotos mais antigos, que tinham de acelerar e ainda cuidar do carro? Para Rubens, cada época tem seu desafio.

“Acho que tudo tem o seu lado positivo que faz com que você tenha que guiar perto do limite, mas sem virar muito o volante, por exemplo. Tem essa coisa gostosa na categoria hoje em dia, mas é certo que os carros, em sua maioria, irão terminar a prova.”

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Tal avô, tal neto: Emerson e Pietro Fittipaldi falam de corrida
Próximo artigo Maria de Villota testa carro de 2009 da Renault na França

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil