Equipe asiática tenta entrar na F1, mas é barrada; veja empecilhos
Preocupação maior é em estabilizar a categoria que passará por profundas transformações em 2021
O diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, disse que comunicou à novas equipes em potencial que elas terão de esperar até pelo menos 2022 para terem uma oportunidade de se juntarem ao grid da categoria. De acordo com ele, um número surpreendente de pretendentes surgiu recentemente.
No entanto, dadas as grandes mudanças técnicas e esportivas que estão sendo preparadas para 2021, Brawn diz que prefere estabilizar a situação antes de permitir novos times.
O britânico também deixou claro acreditar que dez equipes é um bom número e que a F1 só vai considerar pretendentes qualificados, para evitar a repetição de falhas recentes com equipes que duraram pouco tempo, como a Hispania, Virgin/Marussia/Manor e Caterham.
“Nós tivemos um surpreendente número de equipes que demonstraram interesse”, disse Brawn ao Sky Sports. “Mas o que temos dito a esses times é para esperarem introduzirmos essas novas regras e estabilizarmos a situação. Vamos aguardar tudo estar funcionando de forma adequada antes de procurarmos mais equipes”.
“Acho que os dez times saudáveis que temos são o bastante para a F1. Se nós trouxermos equipes extras, elas vão precisar realmente adicionar algo ao show. Nós precisamos aprender com a história, então escuderias muito pequenas vieram e se foram, sem acrescentar nada à categoria”.
Alguns dos atuais chefes de equipe indicaram que não terão objeções à introdução de novos times, se eles tiverem qualidade suficiente.
Se foram boas equipes, fortes, com bom currículo e projetos sustentáveis, então eu diria sim”, disse Cyril Abiteboul da Renault, que poderia suprir motores a novos times.
“12 escuderias é um bom número, você nunca sabe o que vai acontecer com outros times”, disse o chefe de equipe da Toro Rosso, Franz Tost. “Isso significa que precisamos de tantos carros quanto possível nos grids de largada. Acho que 24 correndo em um circuito, da perspectiva de segurança é aceitável, e do espaço dentro dos circuitos também (motorhomes, boxes etc.). Eu daria boas-vindas a eles”.
Otmar Szafnauer, da Racing Point, foi mais cauteloso, lembrando das implicações financeiras e de distribuição de recursos.
“Acredito que no futuro, com o limite orçamentário sendo implementado, poderemos ter espaço para doze equipes”, disse o americano. “Mas nós precisamos ser cuidadosos sobre a distribuição do dinheiro para sermos mais equitativos. Então poderemos ter 12 times sustentáveis”.
Equipe asiática prepara proposta séria
Um plano sólido está sendo preparado por uma nova equipe de F1, que operaria com o nome de Panthera Team Asia e teria base em Silverstone. O projeto é liderado por Benjamin Durant, ex-diretor administrativo da SMP Racing.
Durand, co-fundador da Panthera, atuaria como chefe de equipe, enquanto Tim Milne teria sido recrutado para ser chefe de aerodinâmica, mesmo papel que desempenhou na Manor, antes da falência do time.
Como o nome sugere, o projeto é suportado por empresas asiáticas e foi registrado em janeiro deste ano, como uma empresa limitada no Reino Unido, tendo Durand e Michael Orts como diretores,
Durand chefiou a SPM Racing quando o time disputou o campeonato Le Mans Europeu, na modalidade LMP2. Ele também trabalhou com a JMB Sportscar e foi diretor técnico da categoria Speed Car no oriente médio e na Ásia, que durou pouco tempo.
“Nós existimos e nosso objetivo é nos candidatarmos para nos juntarmos à F1 em 2021, se e quando a FIA abrir vagas no grid”, disse Durand ao Motosport.com. “Temos um pequeno grupo de engenheiros trabalhando no que já sabemos das novas regras, antes da divulgação do regulamento final”.
“Nós precisamos de mais tempo para discutirmos com nossos investidores, com a FIA e com a Liberty Media antes de podermos dar mais detalhes”.
Com a colaboração de Gary Watkins
Carros serão diferentes em 2021
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