Equipes da F1 discutirão mudança no regulamento para evitar "guerra do espelho"
Discussão veio à tona após design apresentado pela Mercedes no primeiro dia dos testes no Bahrein
Entre as atualizações que a Mercedes trouxe para o W13 nos testes do Bahrein da semana passada, uma chamou a atenção: um conceito inovador de retrovisor, com aletas na estrutura de impacto lateral e várias palhetas. Mas, com o objetivo de evitar uma "guerra do espelho", as equipes da Fórmula 1 devem discutir nesta terça mudanças no regulamento em cima desta área.
Mattia Binotto, chefe da Ferrari, sugeriu que, enquanto o design cumpre com o regulamento atual, há um risco de que as equipes possam ir para um lado mais agressivo, buscando novos limites ao criar designs de "espaçonaves" no futuro.
Mas há uma crença de que isso deve ser discutido nesta terça, no encontro do Comitê Consultivo Técnico da F1 (CCT). O chefe da Red Bull, Christian Horner disse: "Certamente não queremos uma guerra do espelho".
"Nos últimos 10 anos ou mais, boa parte do tempo gasto nessas reuniões técnicas foram focadas na função dos retrovisores e se eles haviam se tornado asas ou não, e provavelmente não é a intenção. Tenho certeza que no fórum correto, na reunião do CCT, isso será discutido e resolvido".
Nikolas Tombazis, diretor da FIA para monopostos, sugeriu que o tópico agora é a redação do regulamento atual, que teria deixado alguma ambiguidade sobre o que é permitido ou não no design do retrovisor.
Em teoria, eles não são considerados como parte da carenagem, então, de acordo com o Artigo 3.2.2 do Regulamento Técnico da F1, sua influência aerodinâmica "deve ser incidental à sua função principal. É proibido qualquer projeto que vise maximizar tal influência aerodinâmica".
Lewis Hamilton, Mercedes W13
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Porém, as regras também permitem que as equipes declarem algumas partes da carenagem como 'espelho de permanência' - para que sejam vistas de uma maneira diferente.
Tombazis disse: "O regulamento determina que a carenagem declarada como 'espelho de permanência', que existem sob duas formas, cumpram certas condições. Elas devem ficar em tal lugar, não ter seções, e tal. O modo como foi redigido, a utilização do termo 'espelho' permite que seja declarado de tal forma".
"O regulamento poderia dizer que a carenagem declarada como tal deve ser assim, e não faz. Não há uma associação direta entre nome e função".
"Em outras áreas do carro e do regulamento, temos uma declaração como: 'para o propósito único de tal coisa, é necessário fazer XYZ'. E assumimos uma visão diferente ali, porque ali o regulamento determina especificamente um objetivo ou razão para a existência de certo componente".
"Se vemos uma equipe obviamente fazendo algo diferente e usando essa função como uma desculpa, tendemos a não permitir. Por outro lado, no caso do espelho, a escrita não está ali e, portanto, pelo menos agora, não formamos uma opinião".
Enquanto é improvável que o TTC proíba o design da Mercedes, o que pode acontecer é uma mudança na redação para 2023, evitando que os designs não se tornem ainda mais extremos.
"Sempre avaliamos as regras para os anos seguintes, e analisamos se a redação é clara, se o novo regulamento contém coisas que não foram redigidas claramente, além de intenção e mais. Acho que, no geral, o nível de discrepância é bem baixo em comparação à intenção, mas há pequenas áreas e discutimos isso com as equipes. Temos uma reunião na terça para discutirmos isso".
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