F1: FIA deve analisar regra da Indy que negaria pole de Leclerc em Mônaco

Acidente do monegasco no fim do Q3 impediu que pilotos melhorassem seus tempos de volta

Marshals remove the car of Charles Leclerc, Ferrari SF21, from the circuit

A FIA disse que irá analisar a regra da Indy que elimina os tempos dos pilotos que causam bandeiras vermelhas na classificação e considera sua adequação para a Fórmula 1 após a batida de Charles Leclerc em Mônaco.

Leclerc conquistou a pole position em Monte Carlo no último sábado (22), mas um acidente do monegasco no fim do Q3 impediu que os pilotos melhorassem seus tempos de volta.

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Uma regra aplicada nas categorias americanas, como Indy e IMSA, faz com que qualquer piloto que cause uma bandeira vermelha na classificação perca seu tempo mais rápido.

Ao falarem sobre a possibilidade da F1 rever o regulamento, Max Verstappen e Valtteri Bottas disseram após a sessão classificatória em Mônaco que não viam razão para isso acontecer.

No entanto, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, achou que seria "inteligente" para a categoria máxima do automobilismo pensar no movimento, acreditando que "evitaria confusão".

Questionado após o fim de semana da corrida pelo Motorsport.com se a F1 levaria em consideração a introdução de uma regra semelhante no futuro, o diretor de corridas da FIA, Michael Masi, disse que ela seria analisada como parte dos relatórios regulares.

"Como tudo quando tudo surge, a FIA, a Fórmula 1 e as equipes olham para tudo e consideram seus méritos", disse Masi. "Sim, eu conheço a regra da Indy que também é uma regra em uma série de outras categorias internacionais da FIA e campeonatos nacionais em todo o mundo."

"Vamos dar uma olhada e, junto com todos os principais interessados, determinar se é adequado ou não."

A batida de Leclerc atraiu algumas comparações com incidentes semelhantes em Mônaco em 2006 e 2014. Michael Schumacher foi punido na classificação por parar seu carro na saída da La Rascasse em 2006 em um movimento deliberado, enquanto Nico Rosberg escapou na curva Mirabeau em 2014 e nenhuma ação foi tomada contra o então piloto da Mercedes depois da investigação da direção de prova.

Leclerc deixou claro após a classificação que o teria feito "com muito mais inteligência" se a batida tivesse sido intencional.

Não foram feitas sugestões de que havia sido uma ação proposital, com o paddock aceitando que o monegasco teria cometido um erro genuíno.

Masi revelou que a direção de prova olhou rapidamente para o incidente no momento em que aconteceu, mas descobriu que estava "bastante claro" que Leclerc cometeu um erro na curva 15.

“Tendo olhado, olhado os dados e também escutado a comunicação da equipe, não acho que nenhum piloto iria sair por aí para danificar gravemente seu carro, em qualquer circunstância, pelas consequências que podem advir de isso", concluiu Masi.

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