Christian Horner não poupou palavras ao rebater os rumores à respeito do possível assoalho flexível da Red Bull. O assunto vem sendo muito debatido dentro da Fórmula 1 e gerado inúmeras "farpas" entre equipes rivais. 

A questão surgiu pela primeira vez na diretriz técnica proposta pela FIA antes do GP da Grã-Bretanha, onde deu detalhes dos planos para um monitoramento mais rigoroso sobre a flexão do piso. 

O diretriz técnica também deu detalhes de como o corpo diretivo usaria uma métrica de oscilação aerodinâmica, ou AOM, para medir o efeito e o salto. Os novos requisitos deveriam ser impostos no GP da França, após duas corridas de pesquisa na Grã-Bretanha e na Áustria.

No entanto, após uma discussão na Comissão de sexta-feira, foi confirmado que a aplicação foi adiada para a Bélgica, a primeira corrida após as férias de verão. Enquanto isso, haverá mais debate sobre a redação definitiva no comitê consultivo técnico.

Curiosamente, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, diz que teria preferido que a nova diretriz fosse aplicada em Paul Ricard, como planejado originalmente.

"Eu gostaria que isso acontecesse imediatamente", disse ele ao Motorsport.com. "Porque pode ter um impacto no desempenho."

Falando anteriormente à Sky, Wolff deixou claro que acredita que alguns rivais estão aproveitando a flexão do assoalho.

“Acho que sim”, disse o austríaco. “Estamos de olho nos nossos concorrentes.

“E provavelmente, eu gostaria que chegasse um pouco mais cedo, mas é o que é. Então em Spa não veremos mais isso.”

Sergio Perez, Red Bull Racing RB18

Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images

Horner deixou claro que o foco principal é o monitoramento da oscilação, algo que sua equipe não sofreu tanto quanto os rivais.

“A diretriz técnica está obviamente focada no salto com o qual certos carros lutaram”, disse Horner à Sky F1.

“Acho que deve ser discutido no [TAC], que é o fórum correto para isso.

“Obviamente, vimos em Silverstone que nenhum carro foi realmente afetado por isso. O argumento é que: é dever do competidor garantir que seu carro esteja seguro, ou é dever da FIA garantir que o competidor dirija seu carro com segurança?”

Sobre as sugestões de Wolff sobre pisos flexíveis, ele disse: “Isso é um lixo total. lixo total. Acho que estamos confundindo os problemas aqui.

“Talvez ele esteja se referindo, não sei, aos carros que estão ao seu redor no momento. Não tenho ideia, mas não tenho absolutamente nenhum problema ou preocupação em nosso andar.”

O engenheiro chefe da Red Bull Racing, Paul Monaghan, disse que, como seus rivais, a equipe de Milton Keynes teria que levar em conta os requisitos da diretriz técnica.

“Acho que não podemos ignorá-lo, isso provavelmente seria um pouco ingênuo de nossa parte”, disse ele quando perguntado pelo Motorsport.com.

“Algumas novas restrições estão sendo aplicadas. Não há muito tempo temos os dados de Silverstone para ver como nossa interpretação se compara com a da FIA.

“Então vamos fazer isso primeiro. Se somos mais eficazes ou não do que os outros, isso é realmente para eles determinarem.

“A única coisa que podemos controlar são nossos dois [carros], mudando, adotando e cumprindo os critérios AOM da FIA, esse é o nosso trabalho. O truque para nós só acontecerá será se houver mudanças necessárias e elas custarem desempenho, então teremos que minimizar isso.

“Caso contrário, precisamos continuar fazendo o que estamos fazendo e manter o carro o mais rápido possível. É um julgamento em relação à nossa oposição e não o tempo de volta total para nós”.

Enquanto isso, o diretor técnico da AlphaTauri, Jody Egginton, não espera ver nenhum impacto significativo em sua equipe.

"Quero dizer, achamos que estamos confortáveis ​​com a métrica no momento", disse Egginton.

“Estivemos monitorando, não soou nenhum grande alarme para nós em relação ao que temos que fazer com o carro fisicamente para atender aos requisitos do TD. Alguns detalhes, mas não vou entrar à fundo."

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