F1: Mudança no teto orçamentário visando sustentabilidade pode ajudar Mercedes com 'pulo do gato'

Outras equipes podem e devem seguir o mesmo caminho no futuro, mas Mercedes deve ser a primeira a se aproveitar dessa janela

Mercedes truck

A Fórmula 1 anunciou recentemente mudanças no teto orçamentário da categoria, com concessões visando tornar as operações das equipes mais sustentáveis. E, em meio a essas mudanças, a Mercedes pode ter encontrado uma saída que lhe economizaria uma verba importante para o desenvolvimento do carro.

A Mercedes fez um primeiro teste para o uso de biocombustíveis para seus caminhões na rodada tripla de Bélgica, Holanda e Itália no ano passado. O experimento foi um sucesso, reduzindo a emissão de carbono em 89%.

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Mas, o teto orçamentário criou um empecilho para a Mercedes adotar integralmente o uso de biocombustíveis para todas as corridas europeias. Eles custam mais que os combustíveis fósseis e, no regulamento original, os gastos com transporte de materiais para as corridas entravam no teto. Esse gasto extra reduziria a verba disponível para outras atividades, como desenvolvimento do carro.

Porém, após discussões na Comissão da Fórmula 1, uma série de iniciativas foram adotadas para encorajar as equipes a tomarem caminhos mais sustentáveis sem ficarem em desvantagem. Foi acordado que, a partir de agora, os custos de biocombustíveis para os veículos das equipes, caminhões e geradores não entram mais no teto orçamentário.

Com isso, as equipes podem passar a adotar combustíveis sustentáveis, que são mais caros, sem se preocupar com o impacto disso no teto orçamentário.

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Photo by: Mercedes AMG

A Mercedes, em parceria com a Petronas, tem o plano de adotar o uso dos biocombustíveis para todas as corridas europeias, em um projeto iniciado com o cancelado GP da Emilia Romagna. Só entre os caminhões, a previsão é de 10 mil quilômetros percorrido por veículo ao longo do ano.

Mesmo gastando mais com o uso de biocombustíveis, o fato deles não entrarem mais no teto orçamentário pode ajudar a Mercedes, que hoje busca dar a volta por cima com o W14, visando tornar o carro novamente capaz de lutar por vitórias e títulos. Em uma era de controle de gastos, qualquer verba extra pode ajudar no desenvolvimento dos carros.

Logicamente, outras equipes podem e devem seguir o mesmo caminho da Mercedes, mas o time alemão deve ser o primeiro a se aproveitar da novidade.

Para além da isenção dos biocombustíveis, as mudanças recentes nas regras do teto orçamentário incluem outras iniciativas visando sustentabilidade. Viagens via trem não estão mais no controle de gastos, além das normas viabilizarem a compra de até 50 carros elétricos ou movidos a hidrogênio para o uso das equipes.

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