Fórmula 1 GP do Bahrein

F1 - Russell: FIA está indo em uma "direção instável" e se recusa a ouvir as preocupações da GPDA

Declarações do executivo Robert Reid agitaram o paddock na quinta-feira do GP do Bahrein; piloto da Mercedes também comentou punição de Sainz

George Russell, Mercedes

George Russell, Mercedes

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

George Russell, piloto da Mercedes e presidente da Associação de Pilotos de Fórmula 1 (GPDA), comentou sobre a saída e declarações do vice-presidente da FIA, Robert Reid, que acusou o presidente da Federação Mohammed Ben Sulayem de  "quebra dos padrões de governança".

A saída de Reid e suas falas agitaram a manhã do dia de atendimento à imprensa do GP do Bahrein e Russell, que já tem histórico de embate com Ben Sulayem no final de 2024 e começo de 2025, afirmou que não está surpreso com a demissão ao ser perguntado sobre o tema.

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"Infelizmente, acho que toda vez que ouvimos alguma notícia desse lado do esporte, não é realmente uma grande surpresa", afirmou o britânico. "Portanto, é claramente uma pena ver alguém que é muito respeitado no esporte e está lá há tanto tempo [sair], como sempre dizemos,  'o que vem a seguir', então sim, é uma pena ver isso [a demissão] e espero que tenhamos mais estabilidade mais cedo ou mais tarde".

Ao ser perguntado se Reid havia contado aos pilotos sobre os motivos da demissão, Russell disse que sim: "Ele entrou em contato, ele enviou uma carta aos pilotos explicando sua decisão. Obviamente, foi notícia para nós esta manhã. Pelo menos quando eu soube da notícia, ela foi compartilhada entre os pilotos".

Ele afirmou que os pilotos não tem nenhum poder de decisão quanto ao tema: "Ultimamente, está chegando a um ponto em que essas coisas estão acontecendo com tanta, tanta frequência e nós pilotos, que tentamos nos envolver no passado mas não conseguimos muito espaço e, você sabe, as coisas parecem estar sempre indo em uma direção instável". 

"Portanto, tenho de ser sincero, estamos chegando a um ponto em que nossas ações estão tendo um pequeno impacto com esses caras e temos que confiar nas equipes e na FIA e na F1 para trabalhar com a FIA para chegar a um lugar comum e se pudermos ajudar, nós queremos estar lá, mas, muitas vezes, parece que as coisas estão indo em sua própria direção", conclui.

Já sobre a punição aplicada sobre Carlos Sainz no Japão pela ausência no hino japonês causada por problemas estomacais, Russell entende a obrigação, mas cobrou mais estrutura.

"Quero dizer, tenho que ser honesto, eu entendo perfeitamente. O fato de termos o dever de estar presentes no hino nacional não é tão simples quanto as pessoas podem pensar para estarmos lá na hora certa".

"Muitas vezes, estamos correndo para o banheiro e, às vezes, simplesmente não há banheiros disponíveis".

O britânico disse que o período entre o hino e o começo da corrida é curto e, em um momento de necessidade, a espera por um banheiro pode atrapalhar tudo.

"Entre o momento em que saímos do carro e cantamos o hino, somos parados por algumas pessoas no grid ou por pessoas pedindo uma entrevista rápida, não é como se tivéssemos um único trabalho e fosse apenas isso que estamos tentando fazer, nosso momento antes do GP e estar lá naquele minuto, às vezes, não é simples".

"Por isso, eu entendo isso do ponto de vista da F1, porque é um momento muito importante da corrida, mas também do ponto de vista de um piloto, há problemas logísticos difíceis e genuínos que, às vezes, você está literalmente esperando para entrar em um banheiro".

Sobre o valor da multa do espanhol da Williams de 20 mil euros (R$ 133 mil, em conversão direta), com 10 mil euros suspensos, Russell afirmou que é um valor altíssimo.

"Sim, eu disse hoje de manhã que é uma cagada muito cara", brincou Russell. "Então, veja bem, nós estamos falando sobre isso há seis meses, com toda a honestidade, eu nem quero dar mais tempo do meu ponto de vista pessoal, porque já dissemos tudo o que tínhamos a dizer nesses meses"

"Infelizmente, isso teve pouco ou nenhum impacto, e você sabe que eu tenho, todos os pilotos têm 100% de confiança e fé em Stefano [Domenicali, CEO da F1] e na F1. E sabemos que eles trabalham em conjunto com as equipes e é do interesse de todos eles, é do interesse de todos nós, fazer com que algo saia de tudo isso e que haja estabilidade e colaboração no futuro".

TELEMETRIA com Rico: BAHREIN, McLaren X RBR, por que SÓ MAX doma RB21, Hamilton X Leclerc, BORTOLETO

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Andrei Gobbo
Fórmula 1
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