F1 se preocupa com calendário de 2022 devido à volta das restrições pela Covid-19
Mas o diretor Steve Nielsen afirma que a categoria ainda não procura possíveis Planos B
O diretor esportivo da Fórmula 1, Steve Nielsen, admitiu que há uma preocupação da categoria sobre o impacto em potencial que o retorno das restrições pela Covid-19 podem ter no calendário da próxima temporada.
Neste ano, a F1 fez 22 eventos bem-sucedidos após modificações no calendário para acomodar modificações e cancelamentos. Um relaxamento das restrições nos últimos meses, especialmente sobre as zonas vermelhas do governo britânico, reduziram o impacto para o pessoal da F1, ajudando a melhorar a logística para o fim da temporada.
Porém, o surgimento da variante Omicron nas últimas semanas fizeram com que vários países readmitissem algumas restrições. Enquanto nenhum dos países que recebem a F1 esteja na lista vermelha do governo britânico, isso pode mudar com o passar dos meses.
Enquanto isso, a entrada na Austrália, que deve sediar o GP em Melbourne no mês de abril, segue muito controlada, com visitantes tendo que cumprir uma quarentena de 14 dias.
"Estaria mentindo se dissesse que isso não me preocupa", disse Nielsen ao Motorsport.com. "Porque como você apontou o otimismo que tínhamos há algumas semanas, de que a pandemia estava recuando, acabou perdendo força nas últimas duas, três semanas".
"Então, é uma situação que muda constantemente. Desde o começo, a situação vem crescendo e decrescendo, dependendo de onde você estiver. E tivemos que lidar com isso, essas taxas variáveis de infecção e onde encaixar no calendário".
"Acho que a única coisa a nosso favor é obviamente 2020. A pandemia ainda era nova para o mundo. E mesmo que siga sendo algo terrível agora, estamos gradualmente aprendendo a viver com isso".
Lewis Hamilton, Mercedes W12 and Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B battle at the start of the race
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
"Então essas restrições mais severas que estamos vendo, certamente similar ao ano passado e o começo desse, os países estão colocando novamente protocolos mais robustos e estão aprendendo a viver com o vírus".
"Com sorte, isso significa que seguirão recebendo visitantes internacionais, o que é algo massivo, importante e necessário para mantermos o calendário. Então isso nos deixa nervosos".
"Tenho certeza de que podemos entregar o calendário, mas seguiremos monitorando e agiremos se necessário".
Questionado se a F1 já tem um Plano B com pistas alternativas como Portimão em espera, Nielsen insistiu que o foco segue sendo o calendário atual.
"Honestamente, estamos como o Plano A sem olhar para alternativas. Se tivermos que olhar, porque as coisas mudarão, faremos isso. Mas ainda estamos distantes".
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