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GP da Hungria perde força para sediar prova da F1 após governo local estender restrições

Governo manteve proibições de reuniões envolvendo mais de 500 pessoas no país, o que atinge em cheio os planos da realização de corrida em 2020

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, and Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

O GP da Hungria sofreu um duro golpe nesta quinta-feira e agora parece improvável de acontecer no dia 2 de agosto, depois que o governo do país estendeu a proibição de reuniões públicas.

Embora algumas restrições a lojas, restaurantes e escolas sejam gradualmente relaxadas, um bloqueio a eventos envolvendo mais de 500 pessoas foi estendido para 15 de agosto. Isso já levou ao cancelamento de vários grandes festivais musicais.

A F1 esperava manter a Hungria como terceiro destino no calendário de 2020, depois da Áustria e da Grã-Bretanha. No entanto, mesmo um evento a portas fechadas ultrapassaria o limite de 500 pessoas.

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Falando no início desta semana antes do último anúncio, o organizador da prova, Zsolt Gyulay, disse que o circuito estava aberto a todas as opções e que o governo está totalmente por trás do evento.

"Estamos em contato diário com o detentor dos direitos", disse Gyulay, CEO da Hungaroring Sport, ao Motorsport.com.

"A Liberty está ciente de que estamos abertos a todos os tipos de soluções e estamos prontos para organizar uma corrida. O caminho a seguir é definitivamente fora do nosso controle e depende da situação em que o país está.”

"Estamos aguardando o relaxamento das medidas e como e quando a vida volta ao normal. Juntamente com os austríacos e britânicos, também confirmamos que estamos totalmente comprometidos em iniciar a temporada de F1."

"Falamos sobre a opção de uma corrida a portas fechadas, mas o protocolo ainda está sendo desenvolvido para a Áustria. Se foi desenvolvido, certamente cumpriremos os regulamentos também."

"É claro que também depende muito do conjunto de regras do governo. No entanto, uma coisa é certa, tanto para o governo quanto para a Hungria, é muito importante organizar o GP."

Confira as curiosidades do GP da Hungria de F1

O GP da Hungria de Fórmula 1 chega à sua 34ª edição – todas em Hungaroring - no próximo fim de semana. A primeira corrida valendo pelo campeonato foi em 1986, com a vitória de Nelson Piquet.
Tazio Nuvolari venceu uma prova em 1936, em Népliget, mas sem valer pelo campeonato como conhecemos hoje.
Voltando ao início da atual jornada, os brasileiros fizeram bonito nas primeiras edições. Piquet repetiu o feito em 1987, Ayrton Senna triunfou em 1988. O piloto, então na McLaren, voltou a vencer em 1991 e 1992.
Rubens Barrichello foi o último brasileiro a subir no degrau mais alto do pódio, em 2002.
Lewis Hamilton é o recordista de vitórias em Hungaroring com seis (2007, 2009, 2012, 2013, 2016 e 2018).
A McLaren é o time que mais venceu, com 11 triunfos.
A Hungria é o local que recebeu as primeiras vitórias nas carreiras de Damon Hill (1993), Fernando Alonso (2003), Jenson Button (2006) e Heikki Kovalainen (2008).
A Hungria também é um lugar enigmático para Felipe Massa. Em 2009 o brasileiro sofreu o maior acidente da carreira, com uma mola atingindo seu capacete durante o treino de classificação.
Vivendo a melhor fase da carreira, o acidente o tirou das pistas até o fim daquela temporada.
Já no último ano da sua carreira, em 2017, Massa acabou passando mal e teve que se ausentar da prova.
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Questionado se havia sido discutido uma data alternativa, ele disse: "Por enquanto, não existe outra data.”

Gyulay disse que a corrida pode ser realizada com ou sem espectadores, dependendo das circunstâncias.

"Existem duas opções. A primeira é que organizemos uma corrida fechada para os fãs, assim como a Áustria. Certamente, isso significaria uma grande perda para o promotor.”

"A segunda opção é organizar a corrida com os fãs, nos quais temos 35 anos de experiência. No ano passado, quebramos o recorde, com base nos ingressos vendidos antecipadamente, era esperado um número semelhante para a corrida deste ano."

"É claro que a compra de ingressos parou desde o início do coronavírus, e precisamos nos adaptar à nova situação.”

Gyulay indicou que até agora não houve discussões com a F1 sobre a realização de duas corridas no local.

"É muito cedo para falar sobre isso, porque as negociações ainda não estão acontecendo nesse momento. O circuito é adequado para organizar duas corridas consecutivas. Além disso, o país se beneficiaria do ponto de vista turístico e econômico, se as equipes passaram duas semanas na Hungria.”

O circuito deveria ter construído uma nova torre de controle e boxes para a corrida deste ano, mas as obras foram adiadas.

Veja como o coronavírus tem afetado o esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar os GPs da Holanda e da Finlândia, devido às restrições do governo local e pela falta de homologação da pista do país escandinavo. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto
A MotoGP cancelou oficialmente os GPs da Alemanha, Holanda e Finlândia. Para a Holanda, significa que o GP não fará parte do calendário da MotoGP pela primeira vez nos 71 anos de história do mundial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Em busca de garantir a realização da prova em 2020, a direção de Silverstone confirmou que o GP será realizado com portões fechados. No mesmo dia, a organização do GP da França anunciou o cancelamento da prova, se juntando à Mônaco
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas, bem como as etapas do Velopark, Londrina e Interlagos. O campeonato deve começar no Velo-Città no início de julho.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e pode voltar no final de maio.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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