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Hamilton fala de "jornada solitária" na temporada por Covid-19: "Não estou vendo minha família"

Hexacampeão falou do impacto da bolha da F1 nos pilotos do grid e Toto Wolff elogia o foco do britânico

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1

Para viabilizar a volta da Fórmula 1 em meio à pandemia, a categoria impôs algumas regras como a criação de bolhas, evitando que os envolvidos com o Mundial tenham contato com muitas pessoas ao longo da temporada. E isso tem impactado bastante a rotina dos pilotos, com Lewis Hamilton chamando de uma "jornada solitária".

A falta de Sergio Pérez das duas corridas de Silverstone por testar positivo para Covid-19, após uma viagem ao México, lembrou os pilotos do impacto potencial que o vírus pode ter em sua disputa pelo campeonato em 2020.

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Hamilton tradicionalmente relaxa após seu foco intenso em final de semana de corrida com interesses externos, como música, moda e viagens, geralmente aos Estados Unidos, nos intervalos entre as corridas europeias. 

Porém, o calendário intenso de 2020, com seis corridas em sete finais de semana, além da bolha da F1 limitou seu contato inclusive com pessoas mais próximas. Ele passou a maior parte dos últimos dois meses vivendo em seu motorhome, que fica estacionado dentro dos circuitos.

O hexacampeão admite que não tem sido fácil mudar sua rotina normal enquanto tenta manter seu foco intenso na batalha pelo título.

"Sim, definitivamente é um desafio", disse ao Motorsport.com. "Obviamente todo mundo está no mesmo barco. A jornada de um piloto de F1 lutando por um campeonato, pode frequentemente sentir como uma jornada solitária".

"E isso foi amplificado nesse ano, tendo que limitar as pessoas em sua bolha, além do movimento constante".

"Eu estava acostumado a fazer, no passado, viagens e coisas que eu via como positivas. Mas estar ao redor dos amigos, encontrando o balanço perfeito neste ano, é muito, muito mais difícil".

"É difícil encontrar as palavras certas. Mas todos estão fazendo o mesmo, acho. É um desafio, e um teste mental para mim, pessoalmente. Não sei como é para vocês. Talvez vocês estejam vendo suas famílias, mas eu não estou".

"Mas, como vocês podem ver, eu estou mais focado do que nunca, e isso aqui é uma maratona, não um tiro curto. Então mantenho minha cabeça no lugar. Eu sei que poderei curtir um pouco mais no fim do ano quando não tiver nada sob risco. Aí poderei estar com minha família".

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, sugeriu que o foco recente de Hamilton na promoção da diversidade e do movimento Vidas Negras Importam deram a ele uma saída útil.

"Lewis sempre apresentou seu melhor quando luta contra adversidades", disse. "Acho que o movimento Vidas Negras Importam é algo muito próximo a ele, e isso certamente ajuda em termos de motivação".

"Algo que sempre disse é que me impressiona o seu desenvolvimento. A cada temporada, ele está melhor, não apenas como piloto, mas como pessoa também".

"É realmente inspirador como que, com 30 e poucos anos, ele nos mostra como você pode se desenvolver como pessoa, como você pode melhorar seu jogo e como você pode ter interesses além do automobilismo e sair disso ainda mais forte".

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