Ordens de equipe não são novidade na história da Williams
Saiba e entenda algumas das ordens já dadas pelo time de Grove durante sua estadia dentro da Fórmula 1
GP do Brasil 1981:
O argentino Carlos Reutemann liderava a corrida no extinto autódromo de Jacarepaguá e caminhava para aquela que seria sua primeira vitória no ano. O piloto, que havia perdido o GP em Long Beach, abertura oficial do mundial, para o companheiro Alan Jones após um erro, tentava se consolidar de vez na equipe campeã do mundo de 1980. No entanto, quem tinha o status de primeiro piloto era Jones, o atual campeão. A equipe mostrou no terço final da prova uma placa no pit wall com o nome “Jones” em cima de “Reut”, pedindo uma inversão, mas Carlos não obedeceu o time.
Bravo com o segundo lugar, o australiano se recusou a ir ao pódio. O episódio teve efeito negativo ao atual campeão, que só ganhou mais uma corrida na temporada. Reutemann disputou o título até a última prova, com Piquet e Laffite, onde por um problema de câmbio perdeu o campeonato para o brasileiro.
GP da Europa 1985:
Um episódio curioso marcou a corrida de Brands Hatch em 1985, primeira vitória de Mansell na F-1. Rosberg era o segundo nas voltas iniciais atrás da Lotus de Senna. Na volta seis, tentou uma ultrapassagem em cima de Ayrton, que acabou o fechando e o fazendo rodar. Sem culpa, Piquet acabou batendo no carro do finlandês e furando o pneu da Williams. Com Piquet fora, Keke foi aos pits trocar o esquerdo traseiro. Em um pit stop que demorou estranhamente mais do que o normal (19.75 segundos), Rosberg voltou exatamente à frente de Senna. O piloto reduziu o ritmo e trancou o brasileiro, que ficou à mercê do ataque de Mansell, que acabou o passando para vencer.
GP da França 1992:
Depois de um início de mundial avassalador com cinco vitórias em sete corridas, e sete poles em oito possíveis, Nigel Mansell perdeu a primeira posição na largada do GP disputado em Magny-Cours para seu companheiro, Riccardo Patrese. O inglês atacou o italiano nas primeiras e voltas, mas não obteve êxito. Após uma paralisação com bandeira vermelha por chuva, a Williams resolveu intervir. Logo no fechamento da primeira volta, exigiu que Patrese deixasse o inglês passar. O italiano prontamente sinalizou e abriu para o futuro campeão daquele ano. Na entrevista coletiva pós-corrida, Riccardo preferiu o silêncio. “No comments”, foi o que disse quando perguntado se havia recebido uma ordem dos pits.
GP da França 1993:
A série de sete poles seguidas de Alain Prost em seu retorno à F-1 foi quebrada pelo britânico Damon Hill, que vinha crescendo naquela temporada. Hill largou na frente e ficou em primeiro até o pit stop, quando foi segurado pela McLaren de Michael Andretti. Prost - que tirara de Senna a liderança do campeonato na corrida anterior, no Canadá - ficou na frente do inglês depois de seu pit stop por uma distância mínima. Hill, com bom ritmo, tentou atacar Alain pelo primeiro lugar, mas foi segurado pela equipe. A diferença dos dois na linha de chegada foi mínima, apenas 0.342s.
GP da Austrália 1996:
A maior briga entre Hill e Villeneuve naquele ano aconteceu em Melbourne, na abertura da temporada. Na pole, o estreante liderou com propriedade a prova, chegando a até passar Damon após o britânico voltar à sua frente dos pits com pneus frios. No entanto, com um pequeno vazamento de óleo no carro #6 (que inclusive lavou o carro de Hill, como é possível ver nas fotos do fim do GP), o time pediu para que Jacques cedesse o primeiro lugar para Damon nas últimas voltas.
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