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Massa na McLaren? Brasileiro revela sondagem da equipe em 2009, mas optou por ficar na Ferrari

Brasileiro revelou a sondagem durante GP de Mônaco de 2009 em entrevista à Sky Sports

Felipe Massa, Scuderia Ferrari

Felipe Massa correu por 15 temporadas na Fórmula 1, sendo um dos dez pilotos que mais disputou GPs na história. Nesse período, correu por apenas três equipes: Sauber, Ferrari e Williams, onde encerrou sua carreira na F1. Mas a trajetória do brasileiro na categoria poderia ter sido bastante diferente se tivesse aceito um convite feito em 2009, quando corria na Ferrari, para trocar de equipe.

Em entrevista à Sky Sports o piloto brasileiro revelou que chegou a ser sondado pelo então chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, para uma possível troca de equipe, ainda durante o GP de Mônaco de 2009.

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Naquele ano, Massa estava em sua quarta temporada com a Ferrari, logo após perder o título para Hamilton no ano anterior e tinha bom prestígio junto à equipe, a torcida e a imprensa italiana. Mas 2009 não foi o melhor dos anos para a Ferrari, que conquistou apenas uma vitória, como Kimi Raikkonen no GP da Bélgica, terminando apenas em quarto no mundial de construtores.

A McLaren ainda teve um ano um pouco melhor, com Lewis Hamilton conquistando duas vitórias ao longo do ano, na Hungria e em Singapura. Mas a equipe britânica foi apenas a terceira nos construtores, com um ponto a mais que a rival italiana.

Massa afirmou que uma mudança para a McLaren seria muito significativa, pela história que a equipe tem com o Brasil devido a Ayrton Senna.

"A McLaren é uma grande equipe, especialmente na minha época", disse. "Agora eles estão voltando para uma posição melhor. Mas a McLaren sempre foi muito forte no Brasil. Vocês se lembram do que Senna fez com eles".

"Então eu pilotaria para a McLaren. E isso é algo que nunca disse antes, mas tive um encontro com [Martin] Whitmarsh em 2009, em Mônaco".

Mas Felipe afirmou que descartou a troca naquele momento devido ao momento positivo que passava com a equipe italiana. "Definitivamente seria uma boa equipe para pilotar. Mas eu estava em um momento muito bom com a Ferrari".

A proposta da McLaren veio poucos meses antes do grave acidente sofrido pelo brasileiro no GP da Hungria, que o tirou do resto da temporada. Massa voltou a correr em 2010, mas com Fernando Alonso como companheiro de equipe, que foi favorecido em diversas ocasiões, como o polêmico GP da Alemanha de 2010 quando a equipe enviou uma mensagem a Massa pedindo que desse passagem ao espanhol.

Caso tivesse aceitado a proposta, Massa poderia ter mexido consideravelmente no grid da F1 para 2010, já que a segunda vaga na McLaren acabou ficando Jenson Button, após o fim da Brawn GP.

GALERIA: Relembre toda a trajetória do brasileiro Felipe Massa na Fórmula 1

Um detalhe sobre o início de carreira de Felipe Massa é que seu primeiro contato com o esporte a motor foi com o motocross, como ele próprio relatou no filme Heroes. Ao vê-lo começar a saltar cada vez mais alto e se machucar, seu pai, Titônio, decidiu apresentar o kart ao futuro orgulho da família.
Massa começou a correr de kart em 1989 e competiu no Brasil até 1999, quando foi campeão nacional de Fórmula Chevrolet. O passo seguinte, naturalmente, foi a Europa.
Ele se destacou ao chegar no Velho Continente, com títulos na Fórmula Renault (2000) e F3000 Europeia (2001). Isso, obviamente, o colocou nos radares da F1.
Em setembro de 2001, Massa fez seu primeiro teste na F1, em Mugello, e causou boa impressão. Já debaixo das asas da Ferrari, o jovem piloto conseguiu garantir uma vaga de titular na Sauber no ano seguinte.
Massa teve alguns desempenhos de destaque e fechou o campeonato em 13º, com quatro pontos. Porém, a inconstância cobrou seu preço, e o brasileiro perdeu sua vaga.
Massa, então, passou o ano de 2003 testando o carro da Ferrari e trabalhando de perto com Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Mesmo sem competir, foi uma temporada de aprendizado para o ainda jovem piloto.
Mais maduro, Massa voltou ao grid pela Sauber em 2004. Apesar de ter sido derrotado por Giancarlo Fisichella, o brasileiro cresceu com o passar da temporada, especialmente com as segundas filas obtidas na China e no Brasil.
Massa foi mais sólido em 2005: derrotou Jacques Villeneuve no duelo interno e bateu na trave do pódio com um quarto lugar no Canadá. Com a saída de Barrichello da Ferrari, abriu-se a vaga desejada para se juntar à escuderia italiana no ano seguinte.
Massa competiu ao lado de Schumacher e deixou boa impressão em 2006: esteve com consistência no pódio e fechou o ano em terceiro, atrás apenas do alemão e de Fernando Alonso, que disputaram o título. Os destaques ficaram nos GPs da Turquia e do Brasil, suas primeiras vitórias.
Sem Schumacher 2007, Massa ganhou espaço e se colocou no páreo da disputa pelo título no começo do ano. Porém, Kimi Raikkonen cresceu com o passar do ano, o que deu ao finlandês seu primeiro título na F1.
Em 2008, Massa fez sua campanha mais forte, com seis vitórias e ocupando a posição de real protagonista. Mas, como todos sabem, o título escapou das mãos por pouco: ele ficou apenas 1 ponto atrás de Lewis Hamilton, o campeão.
A Ferrari não veio tão forte em 2009, mas Massa ainda continuava com boas atuações. Contudo, sua campanha foi interrompida com o acidente da Hungria, que o deixou de fora da segunda metade da temporada.
Quando voltou à ativa em 2010, Massa encontrou uma situação diferente na Ferrari, desta vez com Alonso como parceiro. O brasileiro teve dificuldades dentro e fora da pista, e seu ano ficou marcado pelos fatídicos acontecimentos do GP da Alemanha, quando cedeu a liderança para o espanhol.
Em 2011, mais uma vez a Ferrari não se acertou, e Massa teve dificuldades a mais do seu lado da garagem. O piloto foi bastante apagado ao longo da temporada e teve sua primeira campanha na Ferrari sem sequer obter um pódio.
No geral, 2012 foi um pesadelo para Massa. Enquanto Alonso disputou o título, o brasileiro tinha dificuldades para pontuar no início da campanha. Porém, ele ganhou terreno com o passar do campeonato e fechou o ano com dois pódios, no Japão e no Brasil.
Mais um pódio foi para sua conta em 2013, mas sua relação com a Ferrari chegou ao ponto de ruptura. Com um discreto oitavo lugar na tabela, o brasileiro deixou a equipe italiana.
Massa encontrou espaço na Williams a partir de 2014, que havia tido temporada ruim no ano anterior. Mas, surpreendentemente, a equipe deu a volta por cima, o que possibilitou a Massa uma pole position e três pódios.
Massa anotou mais dois pódios em 2015 e se destacou no GP da Grã-Bretanha, quando liderou a primeira fase da prova. Acabou o campeonato em sexto, logo atrás do parceiro, Valtteri Bottas.
Massa fez campanha inconstante em 2016 e se viu ameaçado com a chegada do ‘endinheirado’ Lance Stroll. Assim, anunciou que se aposentaria da categoria ao fim daquele ano.
Porém, a aposentadoria de Nico Rosberg abriu espaço para a ida de Bottas à Mercedes, o que proporcionou que Massa voltasse à Williams em 2017. O brasileiro prevaleceu no duelo contra o jovem canadense, mas, desta vez, sua despedida foi confirmada.
Massa fechou seu período na F1, com 269 corridas, 11 vitórias, 41 pódios e 16 poles, sendo o último representante do país na maior categoria do automobilismo mundial.
Em 2018, Massa anunciou que correria na categoria totalmente elétrica, a Fórmula E. Na primeira temporada, seu melhor resultado foi em Mônaco, na terceira posição. Ainda em fase de aprendizado, o brasileiro foi o 15º colocado no campeonato.
Na atual temporada, interrompida por causa da pandemia do novo coronavírus, Massa é apenas o 19º colocado, após cinco provas.
Fora das pistas, Massa ocupa o cargo de presidente da Comissão Mundial de Kart da FIA, ajudando a trazer o Mundial de Kart ao Brasil, mais precisamente a Birigui. Inicialmente o campeonato seria realizado em outubro deste ano, mas como consequência do coronavírus, terá que ser realizado em 2021.
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