Mercedes explica como design do W11 aborda problemas de resfriamento
A equipe Mercedes focou em melhorar o pacote de resfriamento do novo W11 - e o processo teve ajuda do motor de 2020, operando em uma temperatura mais alta que a de seu antecessor
No ano passado, o W10, carro da Mercedes, sofria com problemas de resfriamento e, durante a temporada, a equipe não conseguiu lidar com o problema, devido à limitação da capacidade do radiador. Essa fraqueza se mostrou mais aparente no GP da Áustria, quando o clima extremamente quente comprometeu a performance do carro como um todo.
"Nós melhoramos o pacote de resfriamento", afirmou James Allison, diretor técnico da equipe, no lançamento do novo carro, o W11. "Nós criamos mais área facial - então, na verdade, mais área para o radiador no carro - o que é muito difícil de fazer no meio da temporada sem levar muitas penalizações. Mas entre os anos é possível fazer isso e não custa muito, a não ser uns quilos a mais".
"Nós também nos beneficiamos com um trabalho que a equipe de unidade de força fez para nós. Eles trabalharam para aumentar a temperatura de funcionamento do motor, o que diminui o trabalho do resfriamento para nós, porque quanto mais quente o líquido, menor será a necessidade do radiador para esfriá-lo".
O chefe da equipe de unidade de força, Andy Cowell explicou que o processo começou no ano passado - antes mesmo da Áustria - mas que foi possível evoluir mais para 2020.
"No começo do ano passado, a capacidade de resfriamento do carro não era suficiente, o que resultou em algumas corridas desafiadoras", afirmou Cowell. "Nas duas primeiras corridas, quando ficou claro para nós que o carro não tinha capacidade de resfriamento suficiente, começamos a trabalhar na produção da unidade de força que trabalhe com um limite maior de temperatura".
"Na época da Áustria, nós conseguimos aumentar a temperatura da água em quatro graus, o que ajudou a corrida em Spielberg ligeiramente mais aturável, mas ainda assim foi um final de semana muito doloroso para a equipe. Desde então, continuamos trabalhando nisso, então estamos tentando conter uma rejeição total ao calor que precisa ser resfriada pelo sistema do carro".
"Neste ano, estamos colocando um grande esforço para garantir que todos os líquidos de resfriamento na unidade de força operem a uma temperatura maior. Isso aumenta a temperatura entre o líquido e a temperatura do ambiente que estiver acontecendo a corrida. Isso vai aumentar a efetividade do sistema de resfriamento".
"Não é um desafio fácil, porém. Parte dos componentes do motor são feitos de alumínio e as temperaturas que estamos operando significam que as propriedades do material vão decair rapidamente. Lidar com isso em um ciclo que cada motor deve durar oito corridas é um desafio de engenharia complicado, mas é o nosso objetivo".
Cowell destacou que a equipe de motor tem ajudado o departamento de chassis.
"Como engenheiros da unidade de força, não focamos apenas na potência do virabrequim. Também trabalhamos muito no empacotamento e na redução das despesas gerais para o responsável pela aerodinâmica, para que eles possam principalmente se concentrar em fazer o carro contornar as curvas".
A Mercedes também trabalhou na confiabilidade após alguns problemas em 2019, apesar do campeão Lewis Hamilton ter terminado a temporada sem penalizações por isso.
"Estamos muito felizes e orgulhosos com a confiabilidade atingida com o carro de Lewis", afirmou Cowell. "Mas ficamos decepcionados com as falhas de baixa vida que experimentamos com outros pilotos e isso que estamos focando".
"Estamos concentrados para entender as razões, os problemas de qualidade que nós encontramos e estamos trabalhando duro para garantir que encontremos as respostas e as soluções. 22 corridas significam que uma unidade de potência precisa fazer oito corridas, então há um aumento no número de ciclos que o equipamento precisa completar, tornando necessário uma ênfase maior na confiabilidade".
GALERIA: Veja as primeiras imagens do W11
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