Mudanças para 2023, motores e substituto da Rússia: As discussões realizadas na reunião da Comissão da F1
Reunião entre equipes, F1 e FIA discutiu tópicos importantes para o esporte a curto, médio e longo prazo
A Comissão da Fórmula 1 se reuniu nesta terça (26) em Londres para tratar de temas fundamentais para o presente e o futuro do esporte. Nela foram discutidos os pontos de vista da FIA, a FOM (Liberty Media) e as equipes.
Nas votações, cada uma dessas três partes conta com 10 votos e, para que um assunto seja aprovado, é necessário pelo menos 26, sendo que F1 e FIA votam em bloco.
O tópico mais quente de discussão na reunião foi o aumento de corridas sprint para 2023, de três para seis e, apesar do apoio das equipes, a FIA tratou de bloquear a votação, acreditando que mereça receber um aporte financeiro maior.
Mas houve muito mais. Se as sprints não tiveram apoio absoluto, a Comissão aprovou por unanimidade uma atualização do Regulamento Técnico de 2023, onde torna obrigatório o uso de câmeras dentro dos capacetes e a redução no número de jogos de pneus disponíveis por fim de semana, de 13 para 11.
Além disso, a reunião tratou do regulamento de motores para 2026, trazendo como um dos problemas iniciais uma discussão anterior sobre reduzir a potência, o que acarretaria em carros lentos demais.
A geração turbo híbrida da F1, introduzida em 2014, tornou estes os carros mais potentes da história do esporte mas, para 2026, quando teremos mudanças como o possível desaparecimento do MGU-H, podemos ter um passo atrás em termos de potência, o que alguns temem que afetará o espetáculo.
Uma das grandes questões que preocupam é que os pilotos criticam o alto peso dos carros atuais (e de anos anteriores) e a forte geração de arrasto. Ao remover potência, teme-se que eles fiquem muito lentos de reta.
A FIA quer que as equipes tenham um papel nisso, buscando a melhor maneira de garantir que os carros não percam o componente de espetáculo, criando uma lista de propostas para que, junto com as mudanças nos motores, mantenham a F1 como ápice do esporte. A FIA quer batalhas mais próximas entre os carros e, para isso, estabelece as seguintes metas:
- Que os carros possam seguir uns aos outros sem perder rendimento;
- Fazer com que os carros da F1 sejam menores e ligeiros;
- Aumentar a quantidade de peças padronizadas e / ou sustentáveis na F1;
- Dar continuidade com a inovação em segurança e avançar com sistemas de segurança ativos e conectados.
Na reunião, foi discutido também um importante tema econômico: o aumento de gastos para as equipes em meio a um cenário de teto orçamentário e inflação crescente. Um grupo de trabalho foi formado para estudar como combater a situação atual, apresentando uma proposta que possa ajudar a aliviar qualquer problema a curto e longo prazo.
Por último, as equipes discutiram também possibilidades para o calendário de 2022, mas ainda não tomaram uma decisão sobre o evento que substituirá o GP da Rússia, cancelado após a invasão à Ucrânia, ou mesmo se haverá um substituto.
Candidatas não falta. Portimão e Catar são locais que se ofereceram, mas o que preocupa é o excesso de calor que pode haver nesse período do ano para a prova europeia e, no outro caso, o fato de que o país já não receberia o evento em 2022 devido à Copa do Mundo.
Porém, como adiantado pelo Motorsport.com, um outro candidato que surge com força seria a realização de duas corridas consecutivas em Singapura, o que faz sentido tanto do lado logístico quanto econômico.
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