Últimas notícias

Neurocirurgião explica lesão de Bianchi: é grave, mas dá para recuperar

"Na maioria esmagadora dos casos, o paciente fica sequelado, mas existem pacientes que têm sequelas pequenas"

Um quadro bastante delicado, que geralmente envolve sequelas, mas com possibilidades de melhora. Essa é a avaliação de Lincoln de Macedo Leandro, neurocirurgião do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, a respeito do quadro de lesão axonal difusa do piloto francês Jules Bianchi.

O profissional destacou que, sem saber o grau da lesão e se há outros tipos de comprometimento do cérebro de Bianchi, é impossível fazer previsões sobre as chances do piloto se recuperar ou mesmo sair do estado vegetativo, ainda que exista essa possibilidade.

“É uma lesão típica de casos de desaceleração, sempre está ligada à grande energia cinética do trauma. Ela é muito encontrada em pacientes que não têm lesões externas, mas sofreram uma desaceleração muito grande”, explica o médico, que viu imagens do acidente. “O que me chama a atenção é a velocidade com que o carro do Bianchi se choca com o trator. Do lado positivo, observei em fotos que não há sinais de que o capacete tenha sofrido algum impacto. Isso é um bom sinal.”

[publicidade] O neurocirurgião explica como acontece a lesão. “Imaginemos que várias células nervosas sejam atacadas por forças antagônicas na hora de um choque. A própria inércia ou traumatismos laterais fazem com que existam forças opostas atuando no tecido cerebral. Isso faz com que a célula nervosa (neurônio), que é extremamente delicada, sofra um corte. Isso acontece em diversos pontos do cérebro e normalmente em uma parte da célula chamada axônio.”

O profissional frisa que há diferentes graus de lesão axonal difusa dependendo da quantidade de neurônios atingida e sua localização. “Podem existir comprometimentos limitados a um grupo de células, o que é raro. Na maioria das vezes, esse tipo de lesão acomete várias regiões do cérebro. Então, geralmente costuma ser um quadro bastante delicado”, afirma.

“Na maioria esmagadora dos casos, o paciente fica sequelado. Mas existem pacientes que podem sair dessa situação com sequelas pequenas. É difícil valorar, pois depende de cada caso.”
In this article
Julianne Cerasoli
Fórmula 1
Be the first to know and subscribe for real-time news email updates on these topics

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Breve história russa na F-1 tem promessa e decisão de campeonato
Próximo artigo Sutil: 'Estava chovendo e muito escuro no momento da batida de Bianchi'

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil
Filtros