Ordens de equipe são o tema da quinta-feira na China
Webber desconfia que nada mudou após atitude de Vettel na Malásia, enquanto Rosberg lamenta falta de conversa prévia
O assunto da quinta-feira na China, que recebe neste final de semana a terceira etapa da Fórmula 1, foram as ordens de equipe, que causaram problemas tanto na Red Bull, quanto na Mercedes na última prova, disputada na Malásia há três semanas.
Na Red Bull, Sebastian Vettel ignorou a determinação de manter-se atrás do companheiro Mark Webber e venceu a prova. Dirigentes da equipe afirmaram que este foi o último episódio em que o time tentará interferir na briga entre seus pilotos, enquanto Vettel . Webber, ouvido pelo TotalRace em Xangai, acredita que isso dificilmente ocorrerá.
“Algumas pessoas na equipe vão garantir que as disputas internas vão ser um pouco mais abertas a partir de agora. Na verdade, é muito raro que esse tipo de cenário aconteça novamente. Quando acontece, é sempre complicado e difícil de lidar, como vimos no passado. Eu já testei o sistema, já passei por isso, mas na Malásia foi um pouco diferente.”
Perguntado se o papel do chefe da equipe, Chrsitian Horner, não havia sido prejudicado com a atitude de Vettel, desafiando as ordens e depois garantindo que não as respeitaria caso o cenário se repetisse, Webber afirmou de forma irônica que esta é “uma ótima pergunta para Christian.”
Outro que saiu do GP da Malásia contrariado devido às ordens de equipe foi Nico Rosberg que, mesmo mais rápido que o companheiro Lewis Hamilton, ouviu que deveria manter as posições.
O alemão, que acatou as determinações da equipe, afirmou que o problema foi não ter havido uma conversa prévia sobre o tema, mas agora a situação está mais clara e, esteja quem estiver na frente, as instruções serão acatadas.
“A dificuldade foi que não tínhamos discutido sobre isso antes. Esse foi nosso erro. Não gosto de ordens de equipe, mas para seguir adiante, era importante que tudo fosse discutido. Se as posições estiverem invertidas da próxima vez, o mesmo vai acontecer, definitivamente. Seja como for, se eu ou o Lewis estivermos atrás, vamos respeitar.”
Rosberg pediu por várias vezes ao chefe da equipe, Ross Brawn, que lhe liberasse para tentar a ultrapassagem sobre o companheiro. Porém, seu pedido foi negado. Ainda assim, o alemão garantiu que nem pensou em desobedecer o chefe. “Só tinha decidido antes que respeitaria totalmente as instruções que fossem dadas.”
Na Ferrari, equipe na qual ambos os pilotos protagonizaram várias situações como a da Mercedes e outras mais em que houve pedidos para a inversão de posições, tanto Fernando Alonso, quanto Felipe Massa, se mostraram favoráveis à prática.
“Na minha opinião, não adianta tentar entrar em detalhes sobre o que aconteceu em cada uma das situações. A ordem de equipe vale a pena se é feita em um momento inteligente. Sou a favor de ordens de equipe e participei delas muitas vezes – em momentos menos e mais inteligentes. Porém, não é certo fazer isso na segunda corrida do ano”, salientou o brasileiro.
Já Alonso afirmou que não se lembra de ter recebido ordens para manter as posições – mesmo no GP dos Estados Unidos de 2007, quando perseguiu de perto o então companheiro Lewis Hamilton durante toda a prova. Porém, caso isso ocorra, o espanhol garantiu que fará o mesmo que Nico Rosberg – e não que Sebastian Vettel.
“Não me lembro de nenhuma situação em que tivemos que manter as posições. Nem em Indianápolis nos pediam isso no rádio. Acho que minha reação seria manter a posição [se recebesse tal ordem]. É a equipe que lhe paga e vocês tem de fazer o que eles pedem. Todos trabalhamos em algo, temos nossas obrigações e temos de respeitá-las. Você não pode chegar no jornal e pintar as paredes, pois é jornalista, não pintor.”
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