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Fórmula 1 GP do Bahrein

Pilotos se esquivam e evitam comentar sobre situação no Bahrein

Quando perguntados se tinham algum problema moral de ir ao país, o silêncio se instaurou na coletiva de imprensa em Xangai

Coletiva de imprensa em Xangai

Com a situação calamitosa no Bahrein, o círculo parece que está se fechando cada vez mais, mas a Fórmula 1 parece não se importar muito com isso. Quando indagados pela imprensa, muitos tiveram um olhar superficial, e até de brincadeira com a situação.

Perguntado pelo TotalRace sobre a indefinição a respeito do Bahrein, Vettel desconversou. “Mais perguntas sobre o Bahrein... há várias pessoas no paddock, pergunte a eles.”

Ao ser questionado se as imagens mostradas pela TV dos confrontos não desencorajavam a apoiar a realização da prova, o alemão seguiu em tom de brincadeira. “Não vi nada, há um ano não vejo. Talvez não assista à TV suficientemente. Ou talvez precise assistir à TV brasileira. Temos problemas demais na Alemanha, então não tenho tempo suficiente”, disse o bicampeão.

Na coletiva de imprensa em Xangai, o repórter Steve Dawson, da ESPN asiática, perguntou aos presentes (Alonso, Perez, Karthikeyan, Senna e Petrov) se alguém da mesa teria algum problema moral em ir ao Bahrein. Ninguém se manifestou.

Fora da coletiva, falando ao TotalRace, o brasileiro reconheceu que se preocupa com a segurança. 

“No final das contas, o que for decidido pelas equipes vai ser o que vai acontecer com a gente. Meu único comentário é que, qualquer que for a decisão, espero que seja a certa para nós. O que me preocupa realmente é com a segurança de todos. Qualquer outra decisão que fique acima da segurança não será a certa”, disse o piloto da Williams.

Segundo lugar na prova da Malásia e garoto sensação da categoria no momento, o mexicano da Sauber Sergio Perez jogou o peso da decisão para cima da FIA:

“É uma pergunta muito difícil porque não sabemos na verdade o que está passando lá. Acompanhamos pelas notícias e chegam para mim tweets diários, mas acho que a decisão é da parte da FIA e das equipes e o que eles disseram será o correto para todos", disse Checo também ao TotalRace.

Mas os cartolas não parecem dispostos a bancar a decisão de cancelar a prova. Bernie Ecclestone, responsável pelos contratos com os organizadores, deixou claro que o cancelamento tem de vir dos barenitas.

"Já estamos aqui, então nós vamos para o Bahrein. É uma corrida como outra qualquer no calendário. Quem pode dizer algo é a Autoridade Nacional Esportiva do país, e se eles não disserem nada para serem retirados do calendário, nós estaremos lá”, disse ao Telegraph o presidente da FOM, que assegurou que estará presente ao evento, marcado para o final de semana que vem.

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