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Quebra de Petrov acaba com treino de Heidfeld

Russo parou no meio da pista no Q2, perdendo a chance de melhorar o décimo lugar, e provocando a bandeira vermelha que arruinou as chances do companheiro

Heidfeld não estava nada animado depois de ficar em 16º no treino

O treino de classificação da Renault não poderia ter sido pior. Apesar de ambos os carros terem mostrado potencial para brigar com Ferrari e Mercedes, Nick Heidfeld ficou no Q2 e largará em 16º, enquanto Vitaly Petrov chegou a se classificar para o Q3, mas não marcou tempo devido a uma quebra, que interrompeu o treino nos momentos finais da segunda parte do treino.

O russo, que larga em décimo, lamentou que o problema tenha o colocado bem no meio do pelotão, pois acreditava que o ritmo do carro permitiria que largasse mais à frente.

“O carro simplesmente parou, espero que não seja nada grave porque já estou largando em décimo. Vai ser muito duro porque há uns dez pilotos no espaço de um segundo, estão todos muito próximos”.

Alguns pilotos, como Rubens Barrichello, reprovaram a atitude de Petrov, que não levou o carro para a grama quando percebeu o problema. Caso tivesse feito isso, o treino dificilmente seria interrompido. Falando ao TotalRace, o russo não deu razão aos colegas.

“Não pude fazer nada. Tentei encostar, mas o carro não ia. Não tem do que reclamar”.

De acordo com a Renault, o motor de Petrov parou quando a alimentação de ar falhou, fazendo com que a unidade perdesse potência. No entanto, a equipe acredita que uma troca de motor não seja necessária.

Nos boxes do time, foi evidente o descontentamento da equipe com a postura de Petrov de parar o carro no meio da pista. O russo garantiu-se no Q3, mas Heidfeld, que poderia largar mais à frente, ficou pelo caminho.

O alemão se mostrou irritado ao falar com a imprensa, mas fugiu de polêmicas. “Não é do meu estilo criticar meu companheiro”, afirmou.

“É muito frustrante largar em 16º porque não acho que reflete nosso ritmo. Estávamos abrindo a primeira tentativa no Q2 com pneus macios quando aconteceu a bandeira vermelha e, nos últimos minutos, a pista estava muito movimentada. Consegui dar uma última volta, mas fiquei preso no tráfego e não consegui uma volta limpa.”

O alemão confia nas boas largadas da Renault para pular na frente.

“Nosso ritmo é bem melhor que nossa posição no grid, mas largar em 16º não vai ser fácil. Acho que é uma pista em que se pode ultrapassar então espero fazer uma boa largar, como nas últimas corridas, e lutar pelos pontos.”

O engenheiro chefe Alan Permane, justificou a demora de Heidfeld em ir à pista no Q2 pela dificuldade que o alemão teve no Q1. “O tempo dele na primeira parte sugeria que seria difícil passar para o Q3, portanto decidimos colocá-lo na pista o mais tarde possível para nos aproveitar da evolução da pista. Nesse momento, o carro de Vitaly provocou a bandeira vermelha na hora errada e Nick ficou preso no tráfego.”

(colaborou Luis Fernando Ramos, de Xangai)

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