Ricciardo: F1 não precisa de ideia "bagunçada" de corridas de classificação com grid invertido
O australiano acredita que a F1 precisa focar em outras áreas para melhorar e que essa ideia pode ser bagunçada
Recentemente, a Fórmula 1 apresentou às equipes uma proposta para testar uma nova forma de classificação nas segundas provas na Áustria e em Silverstone, trocando o treino por uma corrida de grid invertido. A ideia porém, ficou pelo caminho, após a Mercedes se colocar contra a proposta. E a equipe alemã não foi a única a criticar o projeto, com Daniel Ricciardo se juntando ao coro.
A ideia não era nova, com a categoria tentando introduzir o novo formato há alguns anos, mas a situação excepcional da temporada 2020 parecia ser o momento ideal para a experimentação.
A Mercedes justificou sua posição contra a implementação afirmando que a F1 não precisava de artifícios para criar corridas mais excitantes.
Já Ricciardo, que segue na Renault em 2020 antes de correr pela McLaren no próximo ano, disse que, apesar de conseguir compreender o apelo de uma corrida classificatória com grid invertido, ele não acredita ser uma área que a F1 deveria focar.
"Eu nem sempre sou à moda antiga, mas acho que não está em primeiro lugar na nossa lista de prioridades para mudar dentro do esporte", disse Ricciardo em uma live na conta oficial da F1 no Instagram.
"Eu entendo porque os fãs diriam coisas como 'sim, seria legal ver os caras mais rápidos tentando avançar pelo grid' e tudo isso. Eu entendo esse ponto de vista. Há muitos cenários onde isso não funcionaria, e tornariam as coisas mais bagunçadas".
"Eu consigo entender como um espectador vendo de casa, como eu estou no momento, que isso pode ser excitante. Mas de um ponto de vista de um purista e de um piloto, não acho que precisamos fazer isso ainda. É o melhor jeito de responder isso".
As discussões sobre corridas de classificação acontecem há algum tempo na F1 como parte de uma série de tentativas da Liberty Media de mudar o formato do final de semana e melhorar o espetáculo na pista.
A votação recente foi o mais próximo possível que a Liberty chegou de ver seu projeto ser aprovado, mas não conseguiu o apoio unânime das equipes.
O diretor de automobilismo da F1, Ross Brawn, disse ao Motorsport.com que esperava que o chefe da Mercedes, Toto Wolff, tivesse uma "visão do todo" sobre o assunto, enquanto Christian Horner, da Red Bull, disse temer que as corridas nos mesmos circuitos teriam resultados similares.
"O problema é que se repetirmos o mesmo formato no mesmo local, o resultado acabará sendo muito similar", disse Horner ao Motorsport.com. "Acho que temos uma oportunidade ideal para tentar alguma coisa diferente".
"E acertando todos esses detalhes antes do início do campeonato, não sendo algo que aparece durante a temporada, acho que certamente não teríamos problemas com isso. Infelizmente, tivemos uma equipe contra. Seria uma pena perdermos essa oportunidade".
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