A Fórmula 1, assim como o futebol, desperta paixões inigualáveis. E correr de F-1 em casa, para um piloto, é como vestir a camisa da Seleção local. Por isso, Daniel Ricciardo uniu as duas coisas e deu a primeira entrevista oficial da temporada 2012 dentro do estádio de futebol de Melbourne.
Centro das atenções no fim de semana ao lado de Mark Webber, o piloto, que tem ascendência italiana, mas se orgulha em estampar as cores da Austrália em seu capacete, não consegue esconder a empolgação de se unir ao conterrâneo no grid, dez anos depois da estreia de Webber.
"É muito orgulho. Lembro do Mark Webber dez anos atrás em sua estreia. Se tivesse dito para você que dez anos depois estaria no grid com ele e seríamos dois australianos no grid.... Estou muito orgulhoso. Sonhei muito com isso e é um grande sentimento", destaca.
Na hora de traçar as metas, Ricciardo fala grosso e tem um objetivo, deixar Sauber e Force India para trás. Ou seja, ficar entre as seis principais equipes do mundial de 2012. "A Sauber e a Force India estiveram na frente em 2011. Se começarmos na frente deles será um bom início. Não é pedir demais. Gostaria de estar na frente de todos! Mas se ficarmos à frente da Williams e passar uma das duas que estavam na nossa frente ano passado será bom."
Para poder ousar, Ricciardo usa como base o trabalho feito na pré-temporada. "Tivemos um inverno bom, principalmente os últimos dias em Barcelona, com 230 voltas completadas. Aprendemos muito sobre o carro, o equilíbrio geral é bom e fomos muito competitivos. Todas as equipes estão próximas, a Toro está melhorando desde o ano passado, mas várias estão, também. É difícil saber. Posso te dizer que seremos décimo, 15° e quinto. Só teremos uma boa ideia quando estivermos na pista."
Segundo o piloto, que disputou meia temporada em 2011 (e não correu em Melbourne), a sexta-feira será o diferencial para ele, como estreante. "A classificação é importante, tenho que me garantir à frente dele, e fazer uma boa corrida. Na sexta-feira, precisamos aprender o carro e achar o limite, pois não queremos chegar na classificação do sábado sem experiência, pois é um treino curto e temos poucas voltas. Se formos rápidos na sexta já é um bom começo."
Contudo, Ricciardo sabe que seu primeiro e maior desafio está logo ao lado na garagem: o parceiro Jean-Eric Vergne, que também possui o status de estreante. "Corremos juntos há alguns anos, quatro anos. Ele é rápido, sei que é capaz, por isso está na F-1. Vamos forçar um ao outro, como em qualquer outra equipe. Isso é o que importa. Para mim, quero ficar à frente, mas vamos extrair o máximo do carro, definitivamente, o que é mais importante", completa.