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Sainz acha normal perda de interesse espanhol na F1

Piloto da Toro Rosso crê que muita gente assista à Fórmula 1 em seu país apenas para ver Alonso e diz que corre na categoria graças ao compatriota

Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso com Fernando Alonso McLaren
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso com Fernando Alonso, McLaren e Nico Rosberg, Mercedes AMG F1
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11 and Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10 at the start of the race
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10 stops in the second practice session
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso
Grid girl para Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso

Neste ano, o GP da Espanha - que havia se tornado uma das corridas com maior audiência local no calendário da Fórmula 1 - teve baixas importantes em seus números absolutos. Em 2015, 86.700 mil fãs estiveram no circuito para assistir à prova no domingo. Um número com uma redução importante ante ao que foi visto em 2014, com 91.480 pessoas.

Para fazer uma comparação rápida, um ano após o segundo título de Alonso (2006), em 2007 tivemos nada menos que 140 mil pessoas apenas no dia da corrida. Isso decresceu para 78 mil em 2011, e vem desde então variando. Além do desempenho de Alonso, a crise econômica na Espanha também atrapalha os números da corrida.

Em entrevista exclusiva ao MOTORSPORT.COM, o estreante espanhol da F1, Carlos Sainz Jr, disse que vê como normais os números cada vez piores da categoria na Espanha.

“Alonso é muito importante. Há muita gente na Espanha que assiste Fórmula 1 lá apenas para vê-lo, com certeza”, disse.

“Sem Alonso a Fórmula 1 não chegaria a ser o que é na Espanha e temos de agradecer muito a ele, porque antes víamos poucos pilotos de pouca expressão aqui. Era uma categoria que pouca gente assistia também.”

“Hoje nós temos audiência entre 5 e 7 milhões de pessoas.”

O Circuito da Catalunha, que sedia o GP da Espanha desde 1991, tem contrato com a F1 até 2019. Apesar do cancelamento do GP de Valência, realizado entre 2008 e 2012 – algo que deveria fazer a audiência aumentar em Barcelona – o público da corrida continua decrescendo. Mas Sainz não teme pelo futuro da prova.

“Eu acho que é normal”, apontou.

“Quando há um espanhol lutando pelo mundial, você vai ver lá 116 ou 120 mil pessoas – como tínhamos em 2006. Mas quando são dois espanhóis lutando apenas para pontuar, vai ter menos. E isso é totalmente compreensível a todos.”

Aos 20 anos de idade, Sainz também se disse parte da “Alonso Mania”, que toma conta da Espanha desde 2003. Mesmo tendo um pai bicampeão mundial de rali (1990 e 1992) e vencedor do Dakar em 2010, ele confessou que foi “seduzido” pelo estouro de Alonso na F1 há cerca de uma década.

“Quando tinha nove para dez anos o que via na TV era Fernando Alonso ganhando um mundial.”

“Já gostava de carros desde os dois ou três anos. A partir daí quis chegar à Fórmula 1. Meu pai apoiou.”

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