Sainz acha normal perda de interesse espanhol na F1
Piloto da Toro Rosso crê que muita gente assista à Fórmula 1 em seu país apenas para ver Alonso e diz que corre na categoria graças ao compatriota
Neste ano, o GP da Espanha - que havia se tornado uma das corridas com maior audiência local no calendário da Fórmula 1 - teve baixas importantes em seus números absolutos. Em 2015, 86.700 mil fãs estiveram no circuito para assistir à prova no domingo. Um número com uma redução importante ante ao que foi visto em 2014, com 91.480 pessoas.
Para fazer uma comparação rápida, um ano após o segundo título de Alonso (2006), em 2007 tivemos nada menos que 140 mil pessoas apenas no dia da corrida. Isso decresceu para 78 mil em 2011, e vem desde então variando. Além do desempenho de Alonso, a crise econômica na Espanha também atrapalha os números da corrida.
Em entrevista exclusiva ao MOTORSPORT.COM, o estreante espanhol da F1, Carlos Sainz Jr, disse que vê como normais os números cada vez piores da categoria na Espanha.
“Alonso é muito importante. Há muita gente na Espanha que assiste Fórmula 1 lá apenas para vê-lo, com certeza”, disse.
“Sem Alonso a Fórmula 1 não chegaria a ser o que é na Espanha e temos de agradecer muito a ele, porque antes víamos poucos pilotos de pouca expressão aqui. Era uma categoria que pouca gente assistia também.”
“Hoje nós temos audiência entre 5 e 7 milhões de pessoas.”
O Circuito da Catalunha, que sedia o GP da Espanha desde 1991, tem contrato com a F1 até 2019. Apesar do cancelamento do GP de Valência, realizado entre 2008 e 2012 – algo que deveria fazer a audiência aumentar em Barcelona – o público da corrida continua decrescendo. Mas Sainz não teme pelo futuro da prova.
“Eu acho que é normal”, apontou.
“Quando há um espanhol lutando pelo mundial, você vai ver lá 116 ou 120 mil pessoas – como tínhamos em 2006. Mas quando são dois espanhóis lutando apenas para pontuar, vai ter menos. E isso é totalmente compreensível a todos.”
Aos 20 anos de idade, Sainz também se disse parte da “Alonso Mania”, que toma conta da Espanha desde 2003. Mesmo tendo um pai bicampeão mundial de rali (1990 e 1992) e vencedor do Dakar em 2010, ele confessou que foi “seduzido” pelo estouro de Alonso na F1 há cerca de uma década.
“Quando tinha nove para dez anos o que via na TV era Fernando Alonso ganhando um mundial.”
“Já gostava de carros desde os dois ou três anos. A partir daí quis chegar à Fórmula 1. Meu pai apoiou.”
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