Todt diz que “valeu a pena” ter lutado pela introdução do halo
Presidente da FIA acredita que ter lidado com as críticas do meio do automobilismo durante este ano foi importante para salvar vidas
Se houve um tema que dividiu o mundo do automobilismo em 2018 como quase nenhum outro antes foi o halo. O dispositivo de proteção para a cabeça do piloto foi criticado antes de sua introdução, mas as críticas foram aos poucos silenciadas pelo costume e por alguns casos onde pneus que poderiam ter tocado na cabeça dos pilotos bateram no halo.
"O halo teve uma importância muito significativa em incidentes como Leclerc em Spa, Ericsson em Monza e Makino, na Fórmula 2, em Barcelona", disse o chefe esportivo da F1, Ross Brawn, reconhecendo que sua introdução, apesar de todas as críticas, estava correta. "Os pilotos podem escapar ilesos de grandes acidentes."
O presidente da FIA, Jean Todt, que liderou a introdução da proteção de cabeça apesar de ter muita gente na corrente contrária, recebeu o Prêmio de Inovação no Prêmio Autosport no início de dezembro. Ele disse: "eu enfrentei muita resistência, mas se você acha que está indo na direção certa, você tem que lutar por isso", disse o francês em seu discurso de agradecimento.
E ele citou o acidente de Charles Leclerc em Spa-Francorchamps como um bom exemplo, quando McLaren de Fernando Alonso decolou sobre ele e deixou sua marca no Halo. "Poderíamos mostrar que, de outra forma, haveria consequências piores para Charles", disse Todt, que também se lembrou de Henry Surtees, que perdeu a vida em um acidente há alguns anos, quando um pneu atingiu sua cabeça. "É importante lutar contra a resistência para salvar pelo menos uma vida."
Por essa razão, ele quer continuar pressionando pela introdução do dispositivo de proteção para a cabeça. A Fórmula 2 também teve o halo neste ano, e a Fórmula E já fez o mesmo para a temporada 2018/2019 que começou na Arábia Saudita neste mês. O novo carro de Fórmula 3 também será introduzido com o halo para 2019. E mais categorias como a Fórmula 4 também terão o dispositivo adicionado.
"A segurança é indiscutivelmente uma prioridade, e a FIA tem motivos para insistir", disse Ross Brawn.
"Nós não podemos sempre confiar na sorte, como aconteceu com Sophia Flörsch, que milagrosamente continua viva após o acidente espetacular em Macau. Em todas as credenciais para as corridas de automobilismo se diz que o esporte a motor é perigoso, mas podemos e devemos fazer todo o possível para que o esporte seja o mais seguro possível."
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