Wolff admite desafio com novo teto da F1: "Será muito difícil entender como escalar essa montanha"
Para o chefe da Mercedes, o teto orçamentário mudará o modo de trabalho das equipes, em especial as da ponta
A Fórmula 1 está a poucos dias do início da temporada 2020, mas as equipes já estão pensando adiante, em 2021 e 2022 e as novas regras da categoria, que devem causar uma verdadeira revolução. Entre elas está o novo teto orçamentário, que limita os gastos das equipes. Para as da ponta, isso deve trazer grandes mudanças à estrutura e organização.
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, falou recentemente a um podcast sobre os novos aspectos que as equipes terão que enfrentar nesse e no próximo ano, mas parecia confiante de poder oferecer ao público um grande show na volta da temporada.
"Sabemos o que nos espera, e acredito que a prioridade será proteger nossa equipe e todos os envolvidos, mas essa situação será a mesma para todos, além de ser inédita. Certamente teremos menos interação entre as equipes e a mídia, e será uma experiência totalmente nova".
"A Fórmula 1 sempre conseguiu extrair o melhor de qualquer situação e, se conseguirmos criar um ótimo show no sábado e no domingo, isso compensará a estranheza do momento".
Em seguida, o austríaco falou sobre a paralisação e afirmou que se sentiu desconfortável pela perda da vida cotidiana causada pela quarentena.
"Esse período foi surreal, mas muitos disseram que apreciavam passar mais tempo em casa. Sinceramente, não acredito neles, porque fazemos parte de um esporte em que tudo acontece em um ritmo muito rápido".
"Trabalhamos em um contexto pré-estabelecido, em que sabemos quando estamos na pista, quando estamos no escritório e quando podemos ir para casa. De repente, essa rotina não estava mais ali".
Wolff passou a falar sobre os problemas que a introdução do teto orçamentário trará a partir do ano que vem, e destacou que todas as equipes, principalmente as da ponta, terão que estudar cuidadosamente como viver com os recursos limitados.
"A introdução do teto orçamentário a partir de 2021 foi uma grande revolução, e as equipes maiores como Mercedes, Red Bull e Ferrari terão que se adaptar a uma nova realidade e entender como mudar toda a configuração do trabalho e gastos com pesquisa e desenvolvimento. Será muito difícil entender como escalar essa montanha, e isso nos ocupará por muitos meses".
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