Coluna de estreia de Pedro Piquet: "O principal estava lá"

Saí satisfeito da primeira rodada tripla do ano na Toyota Racing Series, em Ruapuna Park.
Nos primeiros treinos precisei me concentrar para "mudar a chavinha” e assim me entender melhor com o carro, depois de dois anos acelerando o F3 no Brasil, um carro que é mais potente e, com mais pressão aerodinâmica, faz mais curvas que o da Nova Zelândia.

No sábado, mesmo tendo que trocar um dos pneus entre as classificações e primeira corrida, deu para ganhar posições e sair de décimo no grid para sétimo na bandeirada - garantindo assim um lugar na primeira fila para a corrida 2, que abriu a programação do domingo.

Na segunda prova meu objetivo era assumir a liderança na largada, e consegui. Lideramos 13 das 15 voltas, mas na última relargada acabei perdendo a posição. De todo modo, foi bom subir no pódio, pois entrei mais confiante na corrida 3, que era a mais importante da etapa.

Todos os carros foram para o grid com pneu slick, mesmo com alguns trechos da pista molhados. O tempo então fechou, e logo aproveitamos para colocar os pneus de chuva. Ia ganhar a corrida, porque parei cedo e os outros ou eram bem mais lentos com slick, ou os que tinham pneu de chuva estavam uma volta atrás. Mas em condições extremas houve necessidade de algumas bandeiras amarelas e, numa relargada o carro que estava atrás de mim acertou minha traseira e acabamos saindo os dois.

Em termos de resultado, um sétimo, um segundo e um abandono não traduzem exatamente nosso potencial.

Mas a velocidade está lá. E isso é o mais importante.