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F-E: Gen3 não deve forçar mudanças no traçado das pistas

Segundo o cofundador do campeonato, Alberto Longo, isso deve ser uma realidade apenas com o Gen4, que deve ser introduzido em 2026

The teams on the grid

A Fórmula E já começa a olhar para o futuro, mais especificamente a temporada 2022/23, que marcará a introdução da nova geração de carros, o Gen3, que devem ser 120kg mais leves e 100kW mais potentes. E fala-se da possível necessidade de repensar os traçados em que a categoria corre atualmente, mas esse rumor foi descartado pelo cofundador do campeonato, Alberto Longo.

Apesar da FIA e a F-E já estarem trabalhando para eliminar chicanes apertadas de muitos circuitos, incluindo um complexo da Peraltada, no ePrix da Cidade do México em 2020, as simulações para o Gen3, mais rápido que o atual, não mostraram a necessidade de redesenhar todas as pistas.

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Falando com o Motorsport.com, Longo reconheceu que maiores mudanças para os circuitos apertados de rua foram planejados, mas que eles devem ficar na gaveta até a introdução do Gen4, previsto, no momento, para a temporada 2026-27.

"Todas as simulações que estamos fazendo com o Gen3 mostram que não precisamos mudar essas pistas. Mas provavelmente será necessário para o Gen4. E estaremos prontos para isso. Eventualmente, na maior parte dos lugares que corremos hoje, já existem planos B em potencial, seja em extensão ou em modos que permitam uma aceleração maior".

"Isso até consta nos planos para o Gen3, mas não serão necessários".

Com a Audi e a BMW anunciando suas decisões de sair da F-E no final da temporada 2021, Longo acrescentou que "entendemos quais são os problemas que teremos para um futuro sustentável do campeonato - esse acaba sendo um dos custos".

Um teto orçamentário está previsto junto com a introdução do Gen3 e o chefe da Mercedes na F1, Toto Wolff, e o CEO da McLaren Racing, Zak Brown, destacaram a necessidade de limitar os gastos na F-E.

A preocupação entre equipes e montadoras é o crescimento do calendário. Até aqui, a Mahindra é a única a garantir oficialmente sua permanência na era do Gen3, assinando o contrato antes do prazo determinado para junho deste ano.

A temporada 2018-19 contou com 13 corridas, o maior até aqui, enquanto o calendário inicial para 2020-21 contava com 14. Mas o calendário foi modificado desde então, e a F-E pretende confirmar datas em pacotes dependendo da evolução da pandemia.

Longo disse ao Motorsport.com que, após o ciclo do Gen3, o objetivo seria atingir um máximo de 16 ou 17 provas.

"Até o Gen3, não acho que vamos passar de 15 corridas. Após isso, vamos desenvolver um plano e discutir internamente se há a oportunidade de aumentar. Devo dizer que, se isso acontecer, é porque tivemos todo mundo concordando com a proposta".

"Vamos decidir com todas as equipes e montadoras. Não queremos tomar decisões de modo unilateral. Honestamente, acho que é o caminho certo para a Fórmula E. Talvez algumas mais, 16, 17 talvez, mas não vamos chegar a 20".

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