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Fórmula E estende paralisação e adia etapa de Berlim por impacto da Covid-19

Paralisação seguirá agora até o mês de junho, quando seria realizado o eP de Berlim, com a possibilidade de retomada da temporada em julho

Sébastien Buemi, Nissan e.Dams, Nissan IMO1, rolls back into the garage

No início de março, a FIA e a Fórmula E haviam anunciado uma suspensão do calendário da temporada 2019/2020 de dois meses, devido ao crescimento da pandemia da Covid-19 pelo mundo. Para explicar o raciocínio usado pela categoria, foi apresentado um sistema de cores sinalizando a situação de cada mês.

Enquanto março e abril eram meses "vermelhos", sem a possibilidade de realização de corridas, maio era "amarelo", onde era possível considerar uma prova dependendo da situação, e junho e julho eram meses "verdes", com a retomada do campeonato.

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Naquele momento, o ePrix de Berlim, marcado para 21 de junho, seria a prova do reinício do campeonato, seguido de Nova York e da rodada dupla de Londres em julho.

Mas, em um comunicado divulgado pela F-E nesta quinta-feira, houve uma revisão do período de suspensão, com o mês de junho se tornando um mês "vermelho" e julho passando a ser "amarelo". Com isso, o ePrix de Berlim está oficialmente adiado, enquanto as etapas de Nova York e Londres passam a ser dúvidas.

A corrida de Berlim já era dúvida antes mesmo desta decisão da F-E, já que na quarta o governo alemão estendeu a proibição de eventos de grande porte até o final de agosto.

O comunicado diz: "Com medidas rígidas ainda em curso pelo mundo pelos governos para limitar a disseminação da pandemia do coronavírus, a Fórmula E, em conjunto com a FIA, decidiram estender a suspensão da temporada até o fim de junho, no mínimo".

"A Fórmula E e a FIA continuam usando seu sistema de cores para determinar o status de cada prova. Podemos agora confirmar que a bandeira vermelha foi aplicada aos meses de maio e junho, o que significa que o ePrix de Berlim não poderá mais ser realizado em sua data original, 21 de junho".

"Julho agora passou a ser um mês 'amarelo', com a possibilidade de realizar eventos ou remarcar corridas, caso a situação do coronavírus estabilize".

O CEO da F-E, Jamie Reigle, afirmou ontem que a F-E está em contato com o ExCeL Center, que receberá a rodada dupla de Londres, encerrando a temporada, para discutir um possível adiamento da prova caso a corrida mantenha sua realização no local. Os locais dos eP de Londres e Nova York foram transformados em hospitais de campanha durante a pandemia.

Reigle também falou da possibilidade da F-E realizar uma etapa do campeonato em um local alternativo.

O comunicado continua: "Nós objetivamos a volta das corridas o mais rápido possível, mas nossa prioridade na tomada de decisão deve ser a saúde e segurança de todos nossos funcionários e de toda a comunidade das equipes da Fórmula E, montadoras, parceiros, pilotos e fãs, além dos cidadãos e residentes das cidades onde corremos".

"Estamos avaliando todas as opções disponíveis para terminarmos a temporada com o maior número de provas possíveis. Esse plano de contingência continua explorando a possibilidade de realizarmos corridas com portões fechados, usando autódromos permanentes, introduzindo novas rodadas duplas e esticando a temporada para além de sua data original".

Para compensar a falta de provas, a Fórmula E se juntou a outras categorias e anunciou a criação de seu próprio campeonato de eSport, que começará no próximo sábado (18). Até o momento, 14 pilotos do grid atual confirmaram a participação.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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