Kanaan explica os passos para Indy voltar a correr neste fim de semana
Apesar de não entrar em um carro desde outubro do ano passado, brasileiro diz que está “três vezes” mais bem preparado fisicamente
A Indy finalmente iniciará a temporada 2020 neste fim de semana, no Texas Motor Speedway, com três meses de atraso, por causa da pandemia de coronavírus. No grid, apenas Tony Kanaan representará o Brasil, já que a equipe Carlin alegou questões financeiras e não trará um segundo carro, de Felipe Nasr.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com por meio de Live no Instagram, Kanaan explicou como a categoria vai se precaver para o retorno das competições.
“Será uma hora de treino, duas voltas de classificação e a corrida”, disse Tony. “Tudo em um dia só. Todos vão viajar no mesmo avião fretado pela Indy. Vamos de casa para o aeroporto, do aeroporto para a pista, da pista para o aeroporto e do aeroporto para casa, com todos usando máscara e sendo testados. Quem tiver a temperatura um pouquinho mais alta, não entra. Uma série de medidas foram tomadas para voltar a correr. Sem público, infelizmente, mas vamos dar a oportunidade de as pessoas assistirem pela TV.”
“Uma coisa é certa: todos estão felizes e muito preocupados de como vamos dar o exemplo para que outros esportes posam voltar a funcionar. A Indy mandou um documento de 35 páginas para lermos em relação a todas as regras. Temos que usar a máscara o tempo todo, as entrevistas serão com microfone com um cabo que o repórter não vai chegar perto de você.”
Em casa desde o início de março, também relatou como ele e a equipe estão preparados para o desafio no Texas.
“Minha vida não mudou muito. Para quem acompanhou o anúncio da minha última temporada da Indy, eu começaria a correr em Indianápolis, que seria há duas semanas, então psicologicamente eu estava preparado para começar há duas semanas. Fisicamente, eu sou um cara que sempre me preparei mais do que eu precisaria, a minha carreira inteira foi assim. Por ter tido mais tempo, eu estou três vezes mais preparado do que eu já estive na minha vida. Minha carga diária é de quatro a seis horas, dependendo do que eu faço.”
“Quanto à equipe, está todo mundo enferrujado. Ninguém faz pit stop há oito meses, treinamos na sede, mas não é a mesma coisa. Não me sento em um carro de corrida desde Laguna Seca, em outubro de 2019. Ninguém andou nesse oval que vamos correr, ninguém andou nesse oval com o aeroscreen. Então, todos estão preocupados em relação a isso, mas ao mesmo tempo, todos estão contentes de que vamos voltar.”
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