Sob risco de perder MotoGP, Barcelona antecipa reformas
Organização do circuito da Catalunha prevê antecipação de reformas - incluindo o trecho em que Luis Salom morreu em 2016 - e recapeamento em um ano para garantir permanência da MotoGP em 2018 e satisfazer os pilotos
O GP da Catalunha de MotoGP deste ano ficou marcado por problemas em relação a pista. Primeiro, a nova chicane construída no trecho em que Luis Salom perdeu a vida em 2016: os pilotos andaram no trecho nos primeiros treinos livres e depois decidiram descartá-la.
Após a corrida, o asfalto do circuito catalão foi alvo de duras críticas de praticamente todo o grid. Andrea Dovizioso, vencedor da prova, ressaltou que foi uma corrida esquisita, pois ninguém conseguiu andar rápido, pois o piso antigo acabava com os pneus ao não proporcionar a aderência necessária.
Na semana passada, em Sachsenring, Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, deixou no ar a possibilidade de Barcelona ficar de fora em 2018, mesmo com contrato vigente, caso não fossem realizadas reformas. “Se a Catalunha seguir, são 19 corridas, se não seguir são 18", disse.
Com isso em mente, a organização do circuito já se mexe para antecipar o recapeamento da pista e a reforma no trecho em que Salom perdeu a vida - para, assim, garantir que a prova siga sendo realizada, o que acontece sem interrupção desde 1995.
No trecho do acidente de Salom, a intenção é trocar a área asfaltada por brita e ampliar a área de escape, empurrando para trás a grade que se encontra no local.
“Nós trabalhávamos há um ano e meio para buscar recursos e deixar o recapeamento pronto para 2018-2019. O que faremos é adiantar em um ano isso", disse Joan Fontseré, diretor do circuito, ao Motorsport.com.
“Na curva 12, nossa intenção é manter o traçado original (sem chicane). Para isso, teríamos de mover a grade que há ali mais para baixo para assim gerar a área de escape necessária. Ainda assim, seguiremos a mesma filosofia do caso da chicane: primeiro encaminharemos a situação para a Dorna, que passa para a Comissão de Segurança e, em última instância, a homologação cabe à FIM."
Por fim, Fontseré contou que a organização procura as empresas que reasfaltaram Sachsenring e Le Mans, circuitos que foram elogiados pelos pilotos após o recapeamento. "Temos conversado com as empresas que recapearam Sachsenring e Le Mans, estamos estudando qual será nossa melhor opção", completou.
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