Bautista diz estar "muito chateado" com decisão da Michelin

O catálogo de pneus de chuva da Michelin para esta temporada consiste em três especificações para os dianteiros: extramacio, macio e médio. Para a corrida do Japão, como de costume, um desses compostos foi descartado e o fabricante enviou pneus macios e médios.

No domingo, sem aviso prévio, funcionários da Michelin informaram que proibiram o uso do composto macio, forçando todos os pilotos a saírem com o pneu dianteiro médio, o mais duro do catálogo. Todos os pilotos que trabalharam e montaram suas estratégias de corrida com os mais macios foram forçados a mudarem seus planos.

Álvaro Bautista foi um deles, e depois da corrida do domingo expressou sua raiva.

"Estou feliz com o trabalho que fizemos durante o fim de semana, mas muito infeliz com a situação no domingo", reclamou o piloto da equipe Aspar.

"Estou muito irritado com a decisão que tomaram e como a tomaram, isso não ajuda. Você está fazendo um trabalho e quando chega a hora da verdade te dizem que você não pode usar esse pneu", disse.

A Michelin proibiu os pilotos de usá-lo na corrida por segurança, arruinando a estratégia de Bautista.

"No final, não é um campeonato monomarca, é ‘monopneu’ porque eles o obrigam a usar o pneu que eles querem, e acho que isso não é justo", criticou o espanhol.

Álvaro se viu durante toda a corrida circulando nas últimas posições (19) e no final ele foi ao chão.

"Eu não sei o que causou a minha queda, entrei na curva sem gás, sem freio ou qualquer coisa, e perdi a traseira", explicou.

"Quando me disseram que não podia usar o pneu dianteiro macio, colocamos o médio e no warm up e desapareceram as boas sensações. Não tivemos tempo para reagir, também não conseguimos trabalhar. Estou muito descontente com a situação e não vejo isso justo", concluiu.