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MotoGP GP das Américas

Dovizioso sobre renovação: "Não é a mim que devem perguntar"

Andrea Dovizioso recuperou a liderança da MotoGP e chegará à Europa com um ponto de vantagem sobre Marc Márquez

Andrea Dovizioso, Ducati Team

Andrea Dovizioso superou os difíceis momentos vividos nos GPs da Argentina e de Austin, sempre adversos para a Ducati, com uma sexta e quinta posições que lhe permitiram recuperar a liderança da MotoGP para chegar à Europa com um ponto de vantagem sobre Marc Márquez.

Um ano atrás, Dovizioso fechou as três corridas iniciais da temporada com 30 pontos, quarto do campeonato, 26 atrás do líder, Valentino Rossi, e oito de Márquez, que era terceiro e que disputaria o título até a última corrida.

Ter salvado a parte mais complicada para liderar o campeonato pode ter sido um ponto positivo, mas ao mesmo tempo pode mascarar a realidade de que, neste momento, a Honda nas mãos de Marc está bem acima da Ducati.

"Depende do ponto de vista de como vemos a situação. Por um lado, se confirma nossa dificuldade em determinadas pistas e dizemos que as coisas não correram bem, mas devo admitir que isso não é muito surpreendente", explica o piloto italiano.

"É lógico que durante o investimento você trata de trabalhar nos aspectos para melhorar, mas no final você não pode fazer mais, porque somente quando chega a certas pistas entende os detalhes de onde você realmente está. Ainda não somos competitivos com nossos rivais no centro da curva. E é isso que eu esperava", admite.

No entanto, Dovizioso conquistou uma posição na corrida, ultrapassando Zarco na última volta, que serviu para lhe dar a liderança do campoenato.

"Na corrida, o pódio estava fora de nosso alcance, largamos muito atrás e conseguimos um bom ritmo para trazer importantes pontos para casa. Não sei se teria sido possível chegar ao quarto lugar, ou se o quinto foi o máximo que poderíamos esperar".

"Eu não tinha velocidade, é verdade que dei muitas voltas atrás de Zarco, e não era capaz de ultrapassá-lo, mesmo no final me custou, faltava algo para conseguir. E também nunca tive Valentino na mira", explicou o piloto de Forli.

Apesar do tom pessimista, Dovizioso não vê as coisas tão ruins.

"Falei dos aspectos negativos, mas por outro lado no ano passado nesta pista tivemos os mesmos problemas e fomos a Jerez muitos pontos atrás do líder do campeonato (-26 com Rossi). Por outro lado, este ano somos líderes, com pouca diferença, mas líderes. Isso nos faz parecer melhores para o campeonato do que no ano passado".

Apesar da liderança, a impressão dada na corrida de Austin é que a Honda, nas mãos de Márquez, está acima da Ducati no momento.

"Do lado de fora, a Honda parece superior. Márquez deu um passo à frente no ano passado em Barcelona. Durante o inverno eles conseguiram melhorar alguma coisa, e essa é a razão pela qual todos os pilotos da Honda cresceram, enquanto nós (Ducati) não conseguimos fazer o suficiente nas pistas onde temos dificuldades”.

"Eu diria que esperávamos algo mais na Argentina e em Austin. Mas temos a atitude certa para lutar pelo campeonato, já que a classificação é muito apertada apesar do fato de não termos resolvido nossos problemas”.

A comparação do rendimento de Dovizioso com o de Lorenzo é embaraçosa.

"Não é tão diferente do ano passado e eu não quero me concentrar nisso. Eu sei porque acontece, eu conheço as características da moto, e em certas pistas mais e em outras menos. E esta é mais uma confirmação do que estou dizendo".

Durante a sua carreira de MotoGP, Dovizioso conduziu várias marcas e lhe perguntaram o que aconteceria se agora subisse em uma Honda.

"Eu não sei, é uma pergunta muito boa que eu me faço também. Eu gostaria de dar uma resposta, mas é estúpido falar sobre outras motos do mesmo ano, porque elas sempre mudam muito de uma temporada para outra".

As três primeiras corridas da temporada já foram concluídas e o anúncio da renovação com a Ducati ainda não chegou.

"Esta é uma pergunta que você faz à pessoa errada. Faça para a pessoa certa", concluiu o italiano.

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Andrea Dovizioso, Ducati Team
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Germán Garcia Casanova
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