Grid da MotoGP pode perder duas motos em 2019
Situação difícil enfrentada pela Marc VDS pode causar perda de duas motos no grid da MotoGP no próximo ano, que passaria a ter 22 motos
Acordos que atualmente regem o campeonato na MotoGP garantem 12 equipes no grid até 2021, após o compromisso assumido na temporada passada pela Dorna, promotora da categoria.
No entanto, a crise gerada dentro da estrutura da Marc VDS resultou na demissão de Michael Bartholemy, que há algumas semanas era diretor da equipe, antecipa um novo cenário que poderia fazer com que o grid da MotoGP em 2019 pode ser reduzido das atuais 24 motos para 22.
Motorsport.com interpreta que esta hipótese atualmente é muito real, esperando para ver como evoluem as negociações que, se terminarem como previsto, deverá levar Dani Pedrosa e Franco Morbidelli para a próxima temporada no comando de uma Yamaha satélite, com a Petronas como patrocinador, em uma fórmula inicialmente criada para acomodar Lorenzo antes do espanhol assinar com a Honda.
O projeto da Yamaha com a Petronas estava muito avançado, tanto que até já esboçaram o desenho da M1. No entanto, a contratação de Lorenzo pela Honda alterou o roteiro de uns e outros, que agora estão finalizando a reestruturação antes de seus lançamentos.
No último final de semana, durante o GP da Catalunha, Lin Jarvis, já insinuou que era uma questão de dias para todas as peças se encaixarem.
"O acordo ainda não foi confirmado. As negociações estão abertas e estou otimista de que Pedrosa terá uma Yamaha satélite na próxima temporada. Acho que poderemos anunciar algo nas próximas semanas. Se Dani estiver disponível e quiser subir em uma M1, seria um prazer recebê-lo em nossa família. Pessoalmente, sempre tive curiosidade de vê-lo com nossa moto. Já conversamos com ele no passado, e se ele quiser vir, esperamos de braços abertos", disse o executivo.
Possíveis alianças
Independentemente do que Pedrosa possa decidir, as possibilidades mais prováveis parecem duas. Um primeiro caso levaria a Petronas a aliar-se à equipe Angel Nieto, que desta forma deixaria de correr com os protótipos da Ducati e passaria a fazê-lo com a Yamaha. Se isso não acontecer, tudo indica que a nova formação seria criada a partir do zero ou da compra dos restos mortais da Marc VDS.
Em qualquer uma das duas alternativas, é provável que o grid da MotoGP perca duas motos já em 2019, e seja reduzido para 22 unidades.
Se assim for, não será surpreendente que a maioria dos atores envolvidos na promoção do Mundial concordem em reservá-las para quando Valentino Rossi decidir parar de correr e desembarcar com sua própria equipe na categoria principal, algo que, segundo ele, não vai acontecer antes 2021.
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