Honda acusa Ducati de mentir sobre banimento de aletas
Vice-presidente da HRC, Shuhei Nakamoto acusa diretor-técnico da Ducati de mentir após proibição de asas a partir de 2017
Após um extenso desenvolvimento das aletas aerodinâmicas iniciado pela Ducati no começo do ano passado, as equipes em conjunto decidiram banir o uso das asas para o ano que vem devido a problemas de segurança.
No entanto, o diretor-técnico da Ducati, Gigi Dall’Igna, deixou clara sua desaprovação da medida em agosto durante uma conferência de imprensa no GP da República Tcheca. Segundo ele, isso compromete a competitividade da MotoGP. Já o vice-presidente da HRC, Shuhei Nakamoto, nega que isso vá acontecer, e acusa a Ducati de não ter colaborado com a discussão sobre segurança.
"A impressão que foi deixada foi que as asas foram proibidas porque a Honda se opõe a elas, e isso não é verdade", Nakamoto disse à revista Sport Rider.
"Não haverá asas a partir de 2017 unicamente por causa da Ducati.”
"Eles têm implicado que a Honda está por trás desta proibição, que nós conduzimos uma campanha contra as aletas para punir a Ducati, que tinha uma vantagem aerodinâmica. Esta é uma grande mentira."
Nakamoto explicou que a associação de montadoras, a MSMA, decidiu que cada fábrica realizasse testes sobre maneiras de aliviar algumas das preocupações de segurança das aletas.
Honda, Yamaha e Suzuki participaram, mas a Ducati se recusou a colaborar.
"A Ducati disse não a tudo", explicou. "Todas as fábricas japonesas concordaram e a Aprilia, em alguns aspectos, também fez isso.”
"Mas a Ducati não quis discutir o assunto. Era do jeito deles ou nada."
Nakamoto também contestou a alegação de Dall'Igna, de que a proibição das aletas possa comprometer o desenvolvimento das motos de estrada no futuro.
"Também não é verdade o que eles dizem sobre isso ser um contrassenso no desenvolvimento das motos de estrada", acrescentou o japonês. "Você conhece alguma Ducati de rua com aletas?”
"Além disso, a Ducati foi a única que pediu tanques de 22 litros quando estávamos usando 20 litros, bem como o software padrão da central eletrônica do motor.”
"Consumo de combustível e gerenciamento eletrônico têm um impacto muito maior sobre as motos quando atingem o consumidor."
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