MotoGP - Márquez reflete sobre reconciliação com Rossi: 'Não depende só de mim'
Em entrevista à DAZN, piloto da Ducati falou sobre relação conflituosa com o italiano, enfatizando que é inútil tentar suavizar as coisas se não houver vontade dos dois lados

Depois da controvérsia relacionada aos assobios recebidos por Marc Márquez em Mugello, muito se falou sobre a necessidade de o piloto da Ducati e o arquirrival Valentino Rossi pelo menos chegarem a uma trégua em uma briga que já dura uma década na MotoGP.
Assim como Davide Tardozzi, chefe da Ducati que atua como pacificador, muitos gostariam que os dois campeões dessem o exemplo e finalmente enterrassem a guerra. Todos se lembram do impacto do aperto de mãos entre eles no GP da Catalunha de 2016, em um contexto marcado pela morte de Luis Salom, que levava a relativizar essa guerra de egos. No entanto, dois anos depois, Rossi recusou a mão estendida de Márquez, e desde então a relação entre os dois permaneceu fria.
No momento, porém, as condições não parecem ser as melhores, como o próprio Márquez explicou em entrevista exclusiva a DAZN.De acordo com o #93, são necessárias duas pessoas para fazer as pazes, mas após o aperto de mão fracassado em Misano em 2018, ele também decidiu dar um passo atrás.
"Quando algo não depende só de você, você não pode simplesmente dizer: 'Isso me interessa'. Repito: só quero ter ao meu lado pessoas que tenham algo a me oferecer", explica o piloto espanhol, para justificar o fato de que ele próprio já não tem muita vontade de buscar a paz em vão.
Entre outras coisas, Márquez explicou que teve momentos de tensão não apenas com Rossi, mas também com outros colegas, porém, o mais importante é que ele nunca deixou que esse tipo de coisa o afetasse.
"Todos os rivais disseram coisas ruins para mim. Tive meus problemas com Pedrosa, Lorenzo e Valentino, mas eles são rivais. Eles são colegas, mas são rivais. E o que mais me orgulha é que, quando você tem 20 anos, é fácil que todas essas declarações o afetem, e elas não me afetaram nem no caráter nem na maneira como corro", afirmou.
Os três grandes rivais da primeira parte de sua carreira, no entanto, também foram grandes professores: "Dani Pedrosa me ensinou muito. Foi com ele que aprendi mais. Sem duas desvantagens, como altura e força, ele teria conquistado mais de um título de MotoGP. Tentei pilotar como ele, mas com mais agressividade. E então, à minha maneira, aprendi a ser agressivo como Lorenzo e a gerenciar a corrida como Rossi."

Marc Marquez, Equipe Ducati
Foto de: Hazrin Yeob Men Shah / Icon Sportswire via Getty Images
No último domingo, com o sucesso em Sachsenring, ele ultrapassou oficialmente Giacomo Agostini em termos de triunfos na categoria rainha, chegando a 69. À frente dele agora está apenas Rossi, com 89, no entanto, parece que Márquez tem mais em vista.
"Parece difícil para mim alcançá-lo, sinto falta de tantas vitórias. Estou perdendo muitas vitórias. Além disso, nunca estabeleci uma cota de triunfos para alcançar em minha carreira. Eu não sabia o número de vitórias de Agostini e Rossi, por exemplo. Ganhar sete títulos na MotoGP me parece mais viável do que alcançar 89 vitórias. É mais factível, porque nada é fácil. Eu vou tentar", falou.
Sobre o maior arrependimento da carreira ele não tem grandes dúvidas e sua mente só consegue voltar para 2020, o ano da grave lesão. Porém, o problema não é a lesão em si, mas a tentativa de recuperação rápida demais que comprometeu vários anos: "Voltar à pista em Jerez foi o maior erro. Deixou uma cicatriz em mim que carrego até hoje. Ainda é uma cicatriz aberta, porque talvez as coisas pudessem ter sido diferentes".
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