Entrevista

Gordon: "Johnson vai igualar recorde de títulos da NASCAR"

Na segunda parte da entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil, o finalista da temporada 2015 falou sobre algumas lembranças, seu companheiro de equipe e circuitos mistos

Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Aric Almirola, Richard Petty Motorsports Ford and Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
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Winner Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Winner Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Winner Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Winner Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Winner Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet
Jeff Gordon, Hendrick Motorsports Chevrolet

Jeff Gordon foi o primeiro a se garantir na final da Sprint Cup de 2015, após vitória na tumultuada etapa de Martinsville. Seus dois companheiros de equipe, Dale Earnhardt Jr. e  Jimmie Johnson foram os vencedores das duas provas seguintes. O carro #48, que ainda é de propriedade de Gordon, comemorou a vitória de número 75 da carreira no Texas. Johnson é um dos assuntos da segunda parte da entrevista exclusiva que o piloto do carro #24 concedeu ao Motorsport.com Brasil.

Além disso, ele também falou sobre momentos críticos em que quase não entrou na pista, o que quebraria a suntuosa sequência de provas, que hoje está em 796, recorde da categoria. Jeff Gordon também explica a suposta melhora de rendimento dos pilotos da NASCAR em circuitos mistos. 

Motorsport (MS): Você acredita que Jimmie Johnson vai superar seus números de vitórias e de títulos de Dale Earnhardt e Richard Petty?

Jeff Gordon (JG): Acredito que ele seja muito capaz disso, principalmente do ponto de vista de vitórias. Ele faz parte de uma grande equipe e é um grande piloto. Eu não ficaria surpreso se ele me passar em número de vitórias. Acredito que os últimos anos provaram o quanto ele é incrível em seus campeonatos (cinco seguidos). Ele está a apenas um campeonato de alcançá-los. Acho que Johnson consegue pelo menos empatar em número de títulos com eles antes de sua carreira terminar.

MS: Olhando para trás, você poderia citar uma ou duas lembranças boas ou ruins de sua carreira que saltam à sua mente?

JG: Muitas vezes vem à cabeça as 'situações-limite', como fins de semana que quase não consegui participar. Obviamente, me vem à cabeça Charlotte no ano passado, quando não tinha certeza de que poderia entrar no carro 24 horas antes da corrida por causa de espasmos nas costas. Me lembro de estar deitado numa maca, com pessoas aplicando injeções com agulhas gigantes nas minhas costas para poder correr. Quando você olha para trás e lembra disso, você sabe que isso é uma loucura. Por que fiz isso? Provavelmente eu não precisaria, mas fiz porque queria estar num carro de corrida.

Penso também nos grandes acidentes que tive. Me lembro do Texas (1999) porque era antes das barreiras de soft wall, HANS device, bancos de fibra de carbono e os cintos de segurança que temos hoje. Me sinto com sorte em ter sobrevivido àquele acidente, com apenas algumas dores nas costelas e podendo correr em Bristol duas semanas depois. Tive um pouco de dor lá, mas parece que tudo ficou bem quando a bandeira verde foi agitada. Esses são os momentos que se destacam para mim.

MS: Quão melhor ficou o desempenho dos pilotos em circuitos mistos desde que você começou na categoria?

JG: Bem, é necessário dividir essa resposta em duas partes. A primeira é que os carros hoje são muito mais iguais. Sob as novas regras que temos que seguir nos últimos anos, os carros são quase construídos pela NASCAR. Aquilo que você pode mudar é muito limitado. Tínhamos um carro feito somente para mistos, em que era dedicado somente a virar mais para a direita do que para a esquerda. Mudamos o peso, o chassi, fizemos muitas coisas. Isso tudo desapareceu. Agora, basicamente temos um carro que corremos também em pistas curtas e eles não são mais desenhados especialmente para mistos. Os carros hoje são muito mais iguais, o que faz dos pilotos parecerem mais iguais. Para mim, colocaram mais foco nos pilotos no final dos anos 1990. E isso fez subir o nível da competição. Em 2000, 2001, parecia que a maior parte do grid era bom nos mistos.

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