Porsche Cup 500 km de Interlagos (Endurance)

Abel Ferreira entra em curso de pilotagem da Porsche e recebe elogios de treinador: "Muito gentil"

Após prestigiar categoria, além de visitar GP de São Paulo de F1, treinador do Palmeiras deu primeiras voltas como piloto em Interlagos neste fim de semana

Abel Ferreira

Abel Ferreira vem se mostrando um grande amante do automobilismo. O técnico do Palmeiras compareceu nas duas últimas edições do GP de São Paulo de Fórmula 1, além de no início do ano ele ter a experiência como carona em um carro da Porsche Cup ao lado do piloto Pedro Boesel.

Mas não parou por aí. O passo seguinte foi dado em conjunto com a própria Porsche Cup, ao fazer parte do programa de entrada a novos pilotos, a Sprint Trophy, com a primeira experiência real em pista neste fim de semana, no Autódromo de Interlagos.

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O treinador, tido como um dos mais polêmicos do Brasil, mudou de papel em sua nova empreitada, que pode levá-lo até para as categorias da Porsche Cup, sendo ‘subordinado’ a um treinador, que no automobilismo é costumeiramente chamado de ‘coach’.

Coube ao piloto Fábio Carbone a incumbência de guiar Abel nos primeiros passos como competidor e, de acordo com a primeira experiência, a nova atividade do português começou muito bem.

“Quando o Abel chegou, perguntei se ele tinha andado de carro de corrida e ele falou que era a primeira vez dele em tudo”, disse Carbone. “Então, começamos realmente desde o básico. Mostramos como coloca capacete, onde põe a luva, explicamos onde liga todos os botões no carro, onde é balanço de freio, enfim, começamos desde lá de baixo. Além disso, ele inicia com o restritor de motor, ou seja, ele não tem toda a potência do carro e a gente vai desenvolvendo, vai começando a fazer voltas na pista até tirar os restritores, vamos colocando mais potência para ele fazer essa evolução.”

Fabio Carbone e Abel Ferreira

Fabio Carbone e Abel Ferreira

Photo by: Rafael Gagliano

Mas, mesmo iniciante, como será o comportamento de Abel Ferreira, um dos treinadores mais explosivos – especialmente com arbitragem – do futebol brasileiro? Carbone faz um retrato que muitos dos detratores do português duvidariam.

“Primeiro, ele foi super muito gentil. Ele falou que não sabia nada, que era para eu explicar tudo e quando ele queria dar alguma opinião, ele falava, ‘será que eu posso dizer alguma coisa?’ Claro, que sim, mas ele foi bem, escutou realmente tudo que precisava fazer, ele é um esportista, ele sabe como funciona, tudo é treino na vida. Então, ele sabe que as coisas têm que começar do básico para subir, não adianta ele pegar um supercarro e que ele não sabe nem frear, que ele vai bater na primeira curva. Então ele escutou todas as orientações, foi melhorando durante o dia, mas claro que tem que treinar muito mais para chegar a competir em um carro de corrida.”

A experiência neste fim de semana foi apenas a primeira de Abel, que precisará de mais aulas até chegar ao ponto de poder competir na categoria dos carros esportivos mais produzidos do mundo.

“O próximo passo seria realmente andar mais, ele tem que voltar para analisarmos todos os dados, pegar as câmeras onboard, analisar o que que ele está fazendo de traçado errado, onde ele pode frear mais tarde, onde ele pode frear mais cedo, se ele vira o volante muito rápido, muito devagar, a gente vai trabalhando todos esses pontos até ele chegar e melhorar.”

“O traçado, que é uma das coisas mais difíceis no começo, ele já começou certinho. Então, ele já tem uma certa noção. É claro, está longe de ser um piloto de carro de corrida, mas ele tem toda a noção, o básico ele começou a fazer direito, então se ele voltar e treinar um pouquinho mais, acho que ele vai competir no nível da galera que está aqui.”

Abel Ferreira

Abel Ferreira

Photo by: Rafael Gagliano

Níveis de aprendizado

Carbone explicou o seu trabalho dentro do contexto da Porsche Cup Brasil, que possibilita alguns sonhos se tornarem realidade, daquela pessoa que tem o desejo de se tornar piloto e que vê a possibilidade se concretizar com um dos carros que está na mente de muitos amantes da velocidade no Brasil e no mundo.

“A ideia parte de que quando você vai querer entrar na Porsche, por exemplo, você não tem como treinar antes. Ou você corre e participa do campeonato ou você não consegue andar de carro. E a Porsche então criou uma categoria chamada Trophy, que é um programa de entrada para pegar justamente as pessoas que nunca andaram em um carro de corrida, e a gente vai começando a lapidar, desde lá de baixo. É o primeiro contato do cara com o carro, com a pista, muitas vezes, com pneu slick, ou seja, é todo um processo que tem que fazer, desde lá de baixo até ele chegar realmente a competir nas categorias de cima.”

“Quando essa pessoa chega, a gente conversa com ele, observa que tipo de background ele tem de corrida, se já foi para uma pista, se brincou de kart alguma vez, enfim, a gente vai fazendo perguntas para entender realmente o ponto em que ele está. E a partir daí, começamos o trabalho de maneira individual”, completou.

VÍDEO: Veja como foi o treino de classificação dos 500 km de Interlagos

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