“Levei tempo para gostar de mim”, reconhece Barrichello após milhão
Após vitória em Goiânia, Rubens diz que não liga para o que falam: “não estou aqui porque preciso, estou porque gosto”
No entanto, o piloto faz questão de dizer: “Seria hipócrita na minha parte dizer que não gostei de ganhar o dinheiro. Mas é bom falar, 50% fica para mim, 50% para a equipe mais os impostos. Não é milhão, milhão”, colocou em entrevista à rádio Jovem Pan.
“Eu realmente fiquei muito feliz com a vitória, que chegou em uma hora excelente. Me perguntam se dava para ter ganho antes, mas acho que veio na hora certa. Veio em um momento que estou mais maduro dentro da categoria, e em uma prova que desejei. Foi uma prova sem bandeira amarela, não foi rodada dupla com parada e aquela coisa toda que se pode jogar um pouco com a sorte. Foi uma corrida rápida do começo ao fim. Então estou muito feliz, e mais feliz ainda pela vitória.”
“É sensacional ganhar a prova de maior prestígio da Stock Car e da maneira que foi. Revivi até os sofrimentos da F-1 no final, tentando segurar a posição, o Thiago Camilo vinha forte. Foi muito legal.”
Barrichelllo também comentou a comemoração ao lado do filho mais velho, Eduardo, que já faz provas de kart. “Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida, da minha carreira. Mesmo tendo passado tudo de bom que eu passei, com toda a experiência e as tantas coisas boas que aconteceram comigo na Fórmula 1.”
“Quando subi no teto e o Dudu subiu no teto também, foi muito marcante. Que momento. Ver aquele olhinho cheio de lágrima, poder abraçar e... não consigo nem repetir o que ele me disse, que a gente dava risada e chorava ao mesmo tempo. E ele falava para mim desde sexta-feira: 'pai, você vai ganhar esse milhão'. E eu fiquei contido, por que o carro estava competitivo, marquei a pole, mas tinha muita coisa para acontecer. Foi uma grande comemoração, mas maior ainda quando a gente chegou em casa e dividiu com a Silvana e com o Fefe.”
Sobre as críticas e brincadeiras que ainda é alvo por não ter conseguido ser campeão na Fórmula 1, Barrichello diz que passou a não ligar mais. “Levei algum tempo para gostar de mim e me aprofundar no conhecimento do que me fazia feliz. Guiar sempre me fez feliz. Mas a partir do momento que passei a gostar mais de mim, parei de me preocupar com os comentários dos terceiros.”
“A minha teoria é que 33% das pessoas gostam de você, 33% delas não gostam e 33% não se importa. Sempre vão existir comentários assim. Teve amigo me falando que disseram para ele que eu só ganhei a corrida porque era para ir atrás do milhão, porque sou mercenário - só para ter ideia do nível de bobeira que as pessoas podem chegar a falar.”
“Em 2011 estava na F-1 e as pessoas falavam para eu sair, e eu falava: 'não estou aqui porque preciso, estou porque gosto'. Fiz campeonato brasileiro de kart semana passava, corri na Stock no fim de semana. Acho que sou uma pessoa realizada. Se existe sorte neste mundo sou eu que tenho”, finalizou.
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