Pilotos reclamam de baixa pontuação em Corrida de Duplas
Após flexibilização de regras, pilotos creem que convidados experientes possam prejudicar nivelamento técnico da prova
A terceira Corrida de Duplas da Stock Car acontece neste final de semana no Autódromo Internacional de Curitiba. No entanto, com poucas estrelas de fora neste ano, o paddock da categoria está menos animado para sua realização.
Além da falta de nomes estrangeiros, outras reclamações são os poucos pontos dados nesta prova (seis para o vencedor e apenas um para o sexto de forma decrescente) e o fato de muitos convidados terem grande experiência na categoria. Por exemplo, vencedor de prova no ano passado, Tuka Rocha é o convidado de Gustavo Lima, e Antonio Pizzonia, vencedor de duas em 2014 e piloto da Mico’s até 2015, é o de Marcos Gomes.
“Tudo isso tirou o foco dos pilotos que estão no campeonato”, disse Ricardo Zonta que correrá ao lado do belga Laurens Vanthoor ao Motorsport.com.
“Terem mudado o regulamento para pilotos que venceram provas no ano passado poderem correr está errado. Descaracteriza a corrida. Nós trouxemos um piloto estrangeiro, um convidado de verdade. Um piloto que correu no ano passado sabe o ritmo de corrida, pode usar várias táticas na corrida e o piloto convidado não sabe dessas coisas.”
O companheiro do paranaense na Shell Racing, Átila Abreu, também reclamou. “Acho que não dá para considerar o Antonio Pizzonia um piloto convidado, um cara que disputou os últimos anos regularmente e até ganhou corrida”, disse a dupla de Nelsinho Piquet.
“Está na regra, não tem o que questionar, mas é complicado quando você faz um investimento e traz um piloto com pouca experiência no carro. Não acho justo.”
Ao lado de Lucas Di Grassi, Thiago Camilo também questionou a prova de 2016. “Deveria ter alguma restrição, porque senão perde o sentido de convidar. Nada contra ninguém, mas acho que foge um pouco da proposta dessa Corrida de Duplas que é trazer gente de fora.”
“É justificado por isso. Mas seis pontos não é pouco, tivemos campeonato decidido por menos que isso. Em 2013 eu perdi o campeonato por um. Não é pouco”, riu.
Por outro lado, Marcos Gomes, mesmo reconhecendo a vantagem, se defendeu usando de argumento os poucos pontos em disputa na prova. “O Pizzonia me beneficia. Escolhemos um grande piloto, mas prejudicaram a gente com esta pontuação muito menor”, falou.
“Falaram que era 12, voltou para seis, trocaram, mas depois voltaram para seis. Acho que para uma corrida como essa seis é bem pouco, mas é o regulamento e nós vamos querer esses seis pontos.”
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