Stock Car: Átila Abreu explica 3º lugar com nova equipe em 2021 “promissor”
Piloto que aceitou desafio de integrar a Pole Motorsport revelou os desafios de embarcar em projeto novo
A Stock Car Pro Series realizou até agora duas rodadas duplas em 2021 e vê novamente pilotos das equipes de Rosinei Campos comandarem o campeonato. Daniel Serra e Bruno Baptista representam Chevrolet e Toyota nas duas primeiras colocações, respectivamente. Tudo isso depois de uma sequência de quatro títulos conquistados em sequência, três com Serra e o último com Ricardo Maurício.
A terceira colocação na tabela vê um ‘velho conhecido’ da categoria, mas em uma equipe completamente nova. Átila Abreu aparece a apenas cinco pontos do líder, representando a Pole Motorsports, comandada por Joselmo Barcik, o ‘Polenta’, que também teve experiência com ‘Meinha’, antes de alçar voo próprio na maior categoria do automobilismo brasileiro.
Falando com exclusividade ao Motorsport.com, Átila comentou o atual momento que está passando, com a ótima colocação na tabela e vendo também seu companheiro de equipe, Galid Osman, em nono, ao mesmo tempo em que o novo time ainda está se conhecendo.
“Quando tomei a decisão de tentar um caminho diferente, ponderei muitas coisas e sabia que não seria fácil”, disse Átila. “Pensei em todas as opções e me senti muito confiante em fazer essa mudança.”
“Eu só posso agradecer todos que entraram nesse barco comigo. Acho que formamos um bom time, algumas pessoas sem experiência na Stock Car e outras sem experiência em corrida, isso faz com que a gente tenha que passar por alguns processos um pouco mais demorados, mas estou satisfeito, tudo aquilo que a gente tem combinado, estamos conseguindo colocar em prática e, é óbvio que eu almejo brigar por vitórias, e títulos, mas com essa equipe nova e depois de passar por esse tempo de amadurecimento.”
“O Polenta é um cara espetacular, eu o conhecia muito pouco, apesar de estar há anos na categoria, mas ele tinha um desejo de dar um passo além, começou como ajudante de mecânico, passou por todos os estágios, e agora chegou a hora de comandar uma equipe.”
Mesmo com a ótima fase inicial, Átila não se deixa envolver pela terceira colocação, ressaltando que ainda faltam ajustes importantes para uma boa sequência dentro do campeonato.
“O tempo de pista é que vai determinar que tudo fique afiado, esse é o nosso maior desafio, já que precisamos de entrosamento também. Tenho plena ciência que a gente não tem a performance que podemos ter, mas fazemos um trabalho que nos coloca no terceiro lugar como equipe e eu no campeonato de pilotos, o Galid entre os 10. É um início de campeonato promissor.”
Átila Abreu, Joselmo Barcik e Galid Osman
Photo by: Jose Mario Dias
Físico melhor hoje do que há dois anos
Mas nem todo começo de campeonato foi assim. Há dois anos, Átila bateu seu carro violentamente nas barreiras do Velopark nos treinos classificatórios da abertura do campeonato. Como resultado, uma fratura na coluna e a ausência das corridas da etapa inaugural e do Velocitta, reaparecendo no grid só no terceiro fim de semana da categoria daquele ano. Além de uma série de consequências físicas.
“Se você olhar o acidente, parece que foi besta. Quando você olha o do Gaetano (em Interlagos), foi forte, mas com uma velocidade superior e o carro andou para frente. O meu o carro bate e fica parado, eu tive uma desaceleração forte e tive aquela fratura na coluna.”
“O engraçado é que eu tive dificuldade de me levantar da cama por um mês, também de ir ao banheiro, caminhar devagar, e daí hoje você dá valor àquelas coisas que você nem pensa em fazer. Foi um processo que fui melhorando, perdi corridas, mas voltei depois e tive que correr com colete.”
As mudanças obrigaram Átila a mudar sua rotina, o que trouxe resultados positivos como consequência.
“Hoje estou com o corpo de volta ao normal, posso fazer exercícios, optei por correr de bike por ter menos impacto do que correr a pé, você vai se readaptando com algumas coisas e hoje eu posso dizer que tenho um preparo físico melhor do que naquela época.”
“Não tenho sequela nenhuma, até fiquei correndo com o colete até o final do ano passado, porque quando eu fiz o banco, eu havia feito com o colete, então para tirar o colete eu ia ter que refazer.”
O piloto também refutou que tenha alguma sequela psicológica até hoje.
“Além disso, não penso no acidente. É óbvio que na primeira vez que você volta, você pensa, é inevitável, mas eu coloquei na minha cabeça de que se eu entrasse na pista com esse receio, era melhor parar de correr, eu tenho que confiar na máquina e naquilo que precisa ser feito. Estou participando de três campeonatos (Stock Car, Porsche Cup e Mercedes), para mim, já ficou habitual.”
Veja como foi a etapa de Interlagos da Stock Car Pro Series
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