Dakar: Português Paulo Gonçalves morre aos 40 anos após acidente
Piloto veterano perdeu a vida após acidente na sétima etapa deste domingo na Arábia Saudita
Paulo Gonçalves, de 40 anos, disputava o 13º Dakar de sua carreira e estava em 46º na classificação geral, após o dia de descanso do rali neste sábado. Durante o estágio de Riade a Wadi Al Dawasir, com 546 quilômetros, o piloto português sofreu um acidente na marca de 276 km às 10h16, no horário local. Um helicóptero médico foi enviado e Gonçalves foi encontrado inconsciente, como consequência de uma parada cardíaca.
Ele foi levado ao Hospital Layla, onde foi declarado morto. Ele é o primeiro competidor a morrer disputando o Dakar desde Michal Hernik, em 2015.
Paulo Gonçalves, 1979-2020
Gonçalves conquistou inúmeros títulos de motocross e enduro em seu país. Ele estreou no Dakar em 2006, terminando em 25º em sua primeira tentativa.
A competição logo se tornou seu foco principal, e ele entrou no top-10 do Dakar em 2009, na primeira edição da maratona na América do Sul.
Dois anos depois, após trocar a Honda pela BMW, ele terminou uma seca de vitória de uma década da marca, mas acabou saindo do rali por lesão.
Em 2012, ele estava pilotando sob a bandeira da então Husqvarna, que possuía a BMW, mas suas esperanças de melhor resultado da carreira no Dakar foi frustrada por uma penalidade de seis horas, por receber assistência externa, algo que a equipe negou fortemente.
No ano seguinte, ele repetiu o 10º lugar, como melhor resultado no Dakar, mas também conquistou o campeonato mundial de cross country da Speedbrain - organização alemã que operou o programa da Husqvarna antes da aquisição da marca pela KTM.
Antes do Dakar de 2014, Gonçalves e sua companheiro de equipe de longa data, Joan Barreda, foram para a Honda. Mas o primeiro rali do piloto português com a marca japonesa terminou em decepção, com sua moto queimando na quinta etapa.
Mas o resto do ano trouxe uma boa temporada no campeonato mundial de cross-country, com uma vitória no Abu Dhabi Desert Challenge, antes de Gonçalves conseguir sua primeira vitória no Dakar em 2015.
Gonçalves liderou os esforços da Honda, terminando como vice-campeão, perdendo para a lenda do Dakar, Marc Coma, e reivindicando uma das principais ameaças à série invicta da fabricante austríaca, KTM, no lendário rali.
Ele estava prestes a conseguir em 2016, liderando o evento no dia de descanso, mas uma combinação de um acidente, um problema mecânico e uma penalidade pesada apagou suas aspirações. Ele terminou em sexto no ano seguinte e não fez o Dakar em 2018, depois que um acidente em um treino o deixou com uma lesão no ombro.
No final de 2018, Gonçalves caiu nas competições nacionais e sofreu uma lesão no baço que exigia cirurgia, mas se recuperou a tempo para o Dakar de 2019. No entanto, seu período com a Honda chegaria a um fim discreto, quando abandonou apenas cinco dias no evento.
Até então, a Speedbrain estava trabalhando com a fabricante indiana Hero e, em 2020, reuniu Gonçalves, que se juntou ao projeto em desenvolvimento para liderar sua lista ao lado de Joaquim Rodriguez.
Confira imagens de Paulo Gonçalves no Dakar 2020
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.