A Williams pode ser uma virada para Massa? O TotalRace opina
Brasileiro parte para a equipe inglesa depois de oito anos de altos e baixos como titular da Ferrari
Felipe Massa embarca para uma nova fase na carreira nos próximos meses, quando assume a vaga de Pastor Maldonado na Williams. Aos 32 anos e depois de oito como titular na Ferrari, será que o brasileiro ainda tem lenha para queimar? Essa é uma virada na carreira do brasileiro? A equipe do TotalRace opina:
Felipe Motta: Difícil dizer se é ou não a virada, mas parece óbvio que ele precisava de novos rumos em sua carreira. O acerto com a Williams era o que havia de melhor para ele, pois a McLaren, como ele mesmo disse, tinha outros planos em mente. Para Massa era fundamental ter um novo caminho a seguir.
Sei que os torcedores esperam que os pilotos os representem, mas no fim das contas ele está exercendo sua profissão. E é óbvio que ele não estava mais feliz na Ferrari. Então, penso que como indivíduo é melhor ser feliz sendo décimo do que infeliz brigando para ser sexto. E como diz aquele comercial, "vai que" a Williams acerta a mão em sua chegada ao time. No ano que vem não dá para duvidar de nada.
Luis Fernando Ramos: Não vejo a Williams como uma virada na carreira de Felipe Massa. Ele já está num estágio na Fórmula 1 em que não dá para almejar grandes objetivos que podem ser conquistados a longo prazo. A sensação é a de que o brasileiro é mesmo uma aposta do time para levantá-lo em termos de resultados. Mas que se essa ressurreição ocorrer e a Williams porventura voltar a viver um período de bonança, isto acontecerá num tempo além da duração atual do contrato de Massa.
Ainda assim, acho provável que o desempenho de Felipe Massa cresça no próximo ano. Suas melhores temporadas na Ferrari foram em 2007, 2008 e a primeira metade de 2009, quando era o principal ponto de referência no time para os engenheiros. Deve acontecer o mesmo na Williams e isto deve elevar novamente a qualidade das suas performances na pista.
Julianne Cerasoli: Muitos torceram o nariz para comentários positivos de jornalistas nas últimas semanas a respeito da mudança de Felipe Massa para a Williams. Que as coisas sejam colocadas sob perspectiva: é infinitamente mais provável que a Red Bull faça outro carro vencedor do que a Williams consiga algo como a Brawn em 2009. Então, falar em virada na carreira é um exagero. Porém, dentre as opções realistas que se apresentaram para o brasileiro, o time inglês parece ser uma boa: tem infraestrutura, motor Mercedes e estabilidade financeira. Fora do quarteto Red Bull-Ferrari-McLaren-Mercedes não há ninguém prometendo mais para os próximos anos. Outra vantagem é não ter que conviver com um campeão do mundo já estabelecido demandando todas as atenções. É uma boa chance de Felipe mostrar que dá para fazer mais do que nos últimos anos de Ferrari.
Gabriel Lima: Com certeza. Massa conseguiu apenas oito pódios ao lado de Alonso na Ferrari, sendo que cinco deles foram em 2010. Ou seja, algo não está certo e não é de hoje. Uma mudança de ares pode fazer muito bem psicologicamente neste caso. Ver-se como primeiro piloto em um time de tradição e (por que não) boa estrutura pode ajudar Massa a aumentar sua confiança. Para ele, o ano de 2014 vai trazer uma série de respostas. Embora negue, muito provavelmente Felipe tenha as mesmas dúvidas que nós sobre sua performance. Conseguirá ele liderar uma equipe? Será ele o mesmo piloto de 2008? O acidente o mudou?
Ele está se dando aquela que pode ser sua grande e, aos 32 anos, última chance de se recuperar.
Guilherme Carvalho: Em relação a resultados é difícil imaginar hoje que a Williams possa significar para Felipe Massa uma retomada de vitórias e até de luta pelo título, mas o brasileiro certamente se sentirá mais útil na Williams na Williams do que sentia na Ferrari, onde era coadjuvante. Isso pode lhe dar mais prazer de dirigir e, consequentemente, ajuda-lo na conquista de resultados, mesmo que mais modestos do que já conquistou na Ferrari.
Moralmente, pode ser sim uma virada, mas tudo depende também de como ele vai encarar este desafio de liderar um time como a Williams, que por sua tradição e pela ansiedade em voltar a ser grande também não é um time com pouca pressão.
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