Em sua coluna no site oficial da Ferrari, Fernando Alonso admitiu que a temporada 2011 não teve o início esperado, mas também disse saber que tudo na Fórmula 1 muda muito rápido.
O asturiano usou como exemplo duas situações: uma, quando era rival da Ferrari, correndo pela Renault em 2006 (ano em que superou Michael Schumacher), e outra no ano passado, quando brigou pelo título até a última etapa.
"Definitivamente, não era o início de temporada que esperávamos, tanto para nós quanto para todos os nossos fãs. Quinze pontos entre nós não é muito e sabemos que nossa performance não é boa no momento, mas sabemos que isso pode mudar rapidamente. Acredito na equipe: sei do que ela é capaz e sinto o desejo de todos de Maranello em lutar."
"No passado, eu experimentei, primeiro como oponente e depois como membro, a capacidade da Scuderia em retornar. Me lembro bem quando estava na Renault em 2006, quando construí uma grande liderança na primeira parte da temporada, mas a Ferrari fez um ótimo trabalho desenvolvendo seus carros que Schumacher estabeleceu uma grande disputa, me passando com duas etapas para o fim", analisa.
"Você só precisa olhar para o ano passado: primeiro na Turquia e depois na Inglaterra, foi falado que deveríamos olhar o ano seguinte, mas não desistimos e conseguimos seguir na luta pelo título até a corrida final. Parece um slogan, mas é uma verdade absoluta: nunca desista na F-1."
Segundo o bicampeão, a F-1 é mutante, e prova disso é o desempenho da McLaren na pré-temporada e no GP da China. No entanto, ele deixa claro que isso não é uma "muleta" para o time se apoiar e justificar o desempenho abaixo da média neste começo de campeonato.
"A Fórmula 1 sempre foi assim: em uma corrida você falha ao tentar entrar no 'top 5', e, na próxima, você está lutando pela vitória. Neste ano não houve exceção: após o teste final em Barcelona, todos reconheceram que a McLaren era nada e eles sempre foram ao pódio, vencendo na China. Ao mesmo tempo, outros diziam que Vettel era imbatível, e o cenário mudou no fim. Três corridas não são suficientes para dar um julgamento definitivo."
"Isso não quer dizer que estou subestimando a seriedade de nossa situação, longe disso. Temos de trabalhar muito para melhorar em cada parte. O sucesso só vem quando cada elemento está operando com perfeição: carro, estratégia, pit stios, pilotos e tudo o que é incluído. Estou em contato com os engenheiros nos últimos dias e sei que não há descanso no desenvolvimento do carro em Maranello. Temos de recuperar o tempo perdido e não podemos nos permitir perder tempo", completa.